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LAVA JATO | Prisão de Eike Batista só 10 dias depois do pedido: o ’timing’ diferente da PF

Segundo o jornalista Josias de Souza, em seu blog na UOL, o mandado de prisão de Eike Batista foi expedido no dia 13, mas a policia só cumpriu a ordem 10 dias depois, dando tempo para o empresário sair do país. Fato que levanta algumas suspeitas.

sábado 28 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Eike Batista, que foi dos homens mais ricos do Brasil, foi pego essa semana pela investigação da Lava Jato envolvido em casos de propina envolvendo também o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ). Contudo o empresário já não estava mais no Brasil quando foi realizada a ordem de prisão, nessa sexta feira, o jornalista Josias de Souza publicou em seu blog no portal UOL, uma cobrança a Lava Jato para que explicasse o porque o mandado foi expedido no dia 13 de janeiro, e a ação pela polícia federal só foi cumprida 10 dias depois, dando tempo ao empresário fugir do pais. Parece que o "timing", dependendo do atingindo não é o forte da PF.

Tacio Muzzi, delegado da Polícia Federal, “Em relação à viagem do senhor Eike Batista, não havia prévio conhecimento. Estava-se acompanhando a movimentação dos investigados e, na madrugada de hoje (26), chegou ao conhecimento que poderia ter saído para fora do país na data do dia 24, na parte da noite.”

Ação que parece ter sido premeditada para dar tempo ao empresário fugir da prisão e usar de sua dupla cidadania na Alemanha, onde não poderia mais ser preso já que o Brasil não tem acordo de extradição com aquele país e não é costume extraditar uma pessoa com cidadania de um país a um segundo país. Apesar da Polícia Federal afirmar que Eike estava sendo monitorado, o fato do mesmo sair do pais só alimenta a tese de que sua fuga foi “permitida”.

O Advogado de Eike, Fernando Teixeira Martins, disse que Eike pretende retornar ao Brasil “o mais rápido possível” e tem a disposição de colaborar. Fato que não parece se consumar, uma vez que o empresário esta foragido e se chegar na Alemanha ele só precisará voltar se quiser.

Além dos elementos “estranhos” na história, ela mostra a arbitrariedade, num país onde 40% dos presos em sua maioria negros e pobres nunca nem sequer foram julgados, a Lava Jato prende por convicções sem provas e enrola em investigar quem ela quer salvar ou deixa calmamente poderosos como Eike fugirem. Há "timings" e "timings" aparentemente.




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