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PORTO ALEGRE | Primeiro dia de passagem a R$ 4,30 - Marchezan e empresários aplaudem

terça-feira 13 de março de 2018 | Edição do dia

Bom dia... Começamos a terça feira com a aplicação da nova tarifa aprovada pelo COMTU e assinada por Marchezan. São centenas de milhares de pessoas que terão de desembolsar 25 centavos a mais por viagem, além daquelas que perderam a segunda passagem gratuita no cartão TRI.

Somados, cada um desses 25 centavos alcançam grande soma de valores, portanto não são meros 25 centavos. Os rodoviários, sempre acusados de vilão no aumento da tarifa, esse ano tiveram míseros 1,87 por cento de aumento.
Há quem defenda que o aumento da tarifa era necessário, e que poderia haver demissões em massa na categoria, caso as empresas não conseguissem atingir sua meta.

Na verdade, nem o reajuste dos trabalhadores rodoviários faz grande estrago na tarifa, nem esse ganho das empresas garantem empregos. O reajuste da categoria, a anos defasado, a muito tempo ficou pra trás se comparado aos indices do aumento tarifário.

E o emprego dos trabalhadores vem sendo subtraído desde que Marchezan, no início de 2017, autorizou a redução de custos das empresas pela via da redução de linhas, e tabelas horárias.

Agora o alvo dos empresários do transporte são os cobradores, que ja vinham sendo objeto de barganha do sindicato nos dissídios da categoria, e que agora passam a serem tratados como números, contados como possíveis redutores na tarifa caso sejam extintos.

Não há limites para as empresas; atacam idosos, estudantes e a própria categoria, é um ciclo interminável, que nos mantém refém da patronal.
Numa Porto Alegre onde o transporte é tratado antes de tudo, como mero garantidor de lucro, e rodoviários são tratados como números, a única saída possível pra acabar com esse vício, é a luta pela estatização total do sistema, onde a carris seja a única empresa de transporte, sob administração dos trabalhadores e usuários do sistema, e onde transporte seja autossuficiente, e não alvo de lucros apenas.

A maioria dos trabalhadores rodoviários tem gastos com passagens, seja com seus filhos, companheiros, etc... Gastam mais do que receberam de reajuste, assim como a maioria dos passageiros da cidade, onde cada centavo as vezes faz a diferença. Além de que estão vendo que mesmo o patrão alcançando o aumento almejado, ainda estão a ponto de perderem o emprego, ou seja, brigar pelo lucro do patrão por sí só nao garante ninguém.

Então não diga que é só por 25 centavos, é por saber que todo esse montante não reverterá nada aos usuários e aos trabalhadores, mas apenas ao patrão.
A maioria das pessoas sentem na pele o custo de cada passagem, todos os dias, e quanto isso interfere no fim das contas da família. Não por acaso, as filas para recarregar o cartão Tri no dia de ontem, antes do aumento, davam a volta no quarteirão.




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