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ELEIÇÕES GRÉCIA | Presidente da Grécia encomenda formação de governo ao Supremo para eleições

O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, encarregou nesta quinta-feira à presidente do Supremo Tribunal, Vassiliki Thanou, da formação de um governo provisório para a realização de eleições antecipadas.

sexta-feira 28 de agosto de 2015 | 00:00

A presidência da República assinalou em comunicado que, depois que não ter sido possível a formação de um governo com amplo apoio, Pavlopoulos encarregou a constituição de um Gabinete a Thanou, que terá como única incumbência organizar o pleito.

"O presidente da República deu um mandato de formação de governo, que goza da maior aceitação possível para realizar eleições, à presidente do Tribunal Supremo, Vasiliki Zanu", assinalou a nota.

Vassiliki Thanou jurará seu cargo hoje às 17h (meio-dia em Brasília) no palácio presidencial, enquanto os membros de seu governo o farão amanhã.

Ela se transformará assim, embora de modo provisório, na primeira mulher a ser primeira-ministra na Grécia.

A convocação de eleições antecipadas na Grécia será realizada após a dissolução do parlamento e então se dará por iniciada a campanha eleitoral.

A data mais provável para as eleições é 20 de setembro.

Pavlopoulos encarregou a formação de um governo provisório após seis dias de conversas entre o líder dos conservadores e do novo partido esquerdista, dissidência do Syriza, para formar uma nova maioria parlamentar, sem sucesso.

O primeiro-ministro grego interino, Alexis Tsipras, renunciou há uma semana, e propôs a convocação de eleições antecipadas argumentando a necessidade de os cidadãos decidirem se legitimam sua gestão, após assinar com as instituições credoras o terceiro resgate ao país.

como viemos discutindo no Esquerda Diário, o cálculo político que levou à renúncia de Tsipras parece bastante transparente. O primeiro-ministro grego tinha perdido sua maioria parlamentar e vinha governando de fato com os votos da oposição, centralmente do Nova Democracia, To Potami e Pasok, com os quais foi aprovado o terceiro memorando do ajuste exigido pela Troika. Na última votação, na sexta-feira passada, quase um terço dos deputados do Syriza, 43 de 149, ou votaram contra ou se abstiveram.

Com sua renúncia e o chamado a eleições antecipadas para 20 de setembro, Tsipras busca homogeneizar o Syriza sob sua linha de ajoelhar-se frente à União Europeia e o FMI, tirando de cena os deputados rebeldes da “Plataforma de Esquerda” de seu partido.




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