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RACISMO | Presidente da EBC é racista com Taís Araujo após se solidarizar com Willian Waack

Laerte Rimoli, atual presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) compartilhou memes racistas pelo seu Facebook debochando de declaração de Taís Araujo, que afirmou recentemente que seu filho sofre com o racismo.

sexta-feira 24 de novembro de 2017 | Edição do dia

Na semana passada, Taís Araujo afirmou que "A cor do meu filho faz com que as pessoas mudem de calçada". O mesmo anteriormente já havia postado mensagens solidárias ao jornalista Willian Waack, que foi demitido da Rede Globo após ter sido gravado fazendo comentários racistas.

Em um dos memes compartilhados por Rimoli, uma garotinha foge da atriz e de seu filho, acompanhado da frase "quando você percebe que é o filho da Taís Araújo na calçada". Jornalista e defensor do golpe institucional, Laerte Rimoli é presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nomeado ano passado por Michel Temer.

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) afirmou que pretende denunciar Laerte. Renata Mielli, coordenadora do FNDC, afirmou que as postagens de Rimoli são graves devido o racismo ser crime no Brasil. "E se tornam mais graves ainda por incompatíveis com a função de um gestor de comunicação pública, que deveria zelar pelo fim de todas as formas de discriminação, pelo respeito à diversidade e aos direitos humanos", afirmou. "Racismo já é crime. Agora, praticado por um gestor de uma empresa pública de comunicação é totalmente absurdo. Nos causa profunda indignação. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para denunciar e exigir que as medidas cabíveis sejam adotadas", diz Renata.

Embora não tenha sofrido nenhum tipo de punição, como, no mínimo, ser afastado do cargo, hoje (22) Rimoli fingiu ter se arrependido do fato e publicou em seu Facebook um pedido de desculpas "Peço desculpas à atriz Taís Araújo e sua família por ter compartilhado um post inadequado em minha timeline".

Não é o primeiro caso de racismo na televisão, haja visto os recentes casos da rede Globo, seja entre jornalistas, cenas de novelas ou seriados de humor ou presidentes da rede de televisões, das quais se sustentam na lógica do racismo estrutural do país que super explora o trabalho da maioria negra que o sustenta, por exemplo, ao dar todo apoio à reforma trabalhista que avança na precarização do trabalho que ataca sobretudo a população negra do país.

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