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ECONOMIA | Preço da cesta básica dispara, cada dia o trabalhador está mais pobre

sábado 9 de janeiro de 2016 | 03:00

O preço da cesta básica subiu em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no ano de 2015. De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, as maiores altas foram registradas em Salvador (23,67%), Curitiba (22,78%), Campo Grande (22,78%), Aracaju (20,81%) e Porto Alegre (20,16%). As menores variações ocorreram em Manaus (11,41%) e Goiânia (11,51%). Todas estas variações são maiores que o índice oficial de inflação, mostrando como o valor de cerca de 10% que é usado pelo governo e empresários encobre um roubo ainda maior no bolso do trabalhador.

Em 2015, seis produtos tiveram seus preços elevados, em média, em todas as cidades: carne bovina, tomate, pão francês, café em pó, açúcar e óleo de soja. Já o valor do arroz, leite e manteiga subiu em 17 localidades. A batata, por sua vez, subiu em todas as 10 capitais em que é pesquisada.

Ou seja com o mesmo salário menos comida chega na mesa do trabalhador e sua família.

Mês a mês menos comida e menos renda: grande alta em Dezembro

Em dezembro, o valor da cesta básica também subiu em todas as cidades. A maior alta foi registrada em Belém (7,89%), seguida por Florianópolis (5,86%) e Fortaleza (5,58%). Os avanços menos expressivos ocorreram em Manaus (1,25%) e Recife (1,45%).

O maior custo da cesta foi apurado em Porto Alegre (R$ 418,82), seguido de Florianópolis (R$ 414,12) e São Paulo (R$ 412,12). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 296,82) e Natal (R$ 309,92).

Salário mínimo oficial e salário mínimo necessário segundo o DIEESE

Segundo cálculos do Dieese, em dezembro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas - tendo como base a cesta mais cara do mês e levando em consideração determinações constitucionais para suprir despesas básicas - deveria equivaler a R$ 3.518,51, ou 4,47 vezes o mínimo até então vigente, de R$ 788,00. O valor correspondia a R$ 2.975,55 em dezembro de 2014, ou 4,04 vezes o mínimo da época (R$ 724,00).

Estes números ilustram como em em um ano os trabalhadores tiveram expressiva perda no seu poder aquisitivo. Quanto mais pobres os trabalhadores maior o impacto da inflação já que a cesta básica chegou a subir quase 25% em algumas cidades, como Salvador.

Isto acontece após anos de propaganda que o petismo protegeria os mais pobres. Em meio à crise evidencia-se o completo descaso do governo Dilma e do PT com uma situação que levará falta de alimentos à mesa dos mais pobres. Até mesmo o bolsa família, carro chefe do governo será reajustado em míseros R$ 3. Todos alimentos aumentam muito mais.

Este ajuste contra os salários também se faz sentir nos aumentos das tarifas dos transportes públicos, nas contas de luz. Tucano, PMDB, PSB ou PT, os diferentes governos organizam medidas contra os salários fazendo que os trabalhadores paguem as contas pela crise.

Esquerda Diário / Agência Estado




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