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PETROBRAS | Pré-sal bate recorde produtivo em agosto, mas a maior parte pertence à iniciativa privada

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo divulgados via Agência Estado, no mês de agosto, produção bateu recorde pelo segundo mês consecutivo, tanto em petróleo quanto em gás natural. Mais da metade, porém, não pertence aos campos com participação exclusiva da Petrobrás, e os lucros são escoados para as empresas privadas que, cada vez mais, tomam campos e refinarias da estatal a preços irrisórios, beneficiados pelo avanço dos ataques do governo de Bolsonaro e Guedes

sexta-feira 2 de outubro de 2020 | Edição do dia

O mês de agosto foi significativo para observar o potencial de produção energética da estatal Petrobras, estatal alvo da sanha privatista do governo Bolsonaro e do ministro da economia Paulo Guedes. no mês de julho, a produção havia batido o recorde em 2,179 MMbbl/d (unidade quantificadora de barris em milhões por dia) e 88,88 milhões de m3 de gás natural, por dia (MMm3/d). Logo no mês seguinte, a produção obteve 2,201 milhões de barris por dia (MMbbl/d) de petróleo e 91,398 milhões de m3 por dia (MMm3/d) de gás natural. No total, houve aumento de 1,4% em relação ao mês anterior e de 14,4% em relação a agosto de 2019. A produção no pré-sal teve origem em 117 poços e correspondeu a 70,7% da produção nacional.

Neste mês, a produção nacional foi de 3,927 MMboe/d, sendo 3,087 MMbbl/d de petróleo e 134 MMm3/d de gás natural. A produção de petróleo aumentou 0,3% se comparada com o mês anterior e 3,3% frente a agosto de 2019. No gás natural, houve aumento de 2,4% em relação a julho e de 0,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Mesmo com efeitos de paralisação durante a pandemia, com 33 campos que tiveram suas produções interrompidas (16 marítimos e 17 terrestres) e 60 instalações de produção marítimas que tiveram suas atividades interrompidas, sem alteração no mês de agosto, a estatal alçou números impressionantes nos últimos meses. (informações via Agência Estado)

Os números, no entanto, não são motivo de comemorações, pois, de todo o resultado alcançado pela empresa, 42,9% pertencem aos campos exclusivos da Petrobras, logo, mais da metade dos resultados não retornará a empresa e a população brasileira, mas será apropriado pela indústria privada que, nos últimos tempos, se aproveitaram dos ataques ao patrimônio brasileiro, feito pelo governo herdeiro do golpe, com Bolsonaro Guedes, STF e demais interessados em liquidar com a estatal que é um dos maiores objetos de desejo dos capitalistas da área petrolífera. Os enormes lucros da estatal que deveriam servir às necessidades do povo brasileiro, estão indo para o bolso de burgueses donos de monopólios do setor, que já tomam mais da metade do que deveria ser do povo e avançam cada vez mais, com o auxílio do aparelho estatal burguês, a fim de tomar a Petrobras por completo sugarem os trabalhadores em cima do trabalho, do lucro e deespeculação sobre preço dos bens necessários para a nossa vida.

Não podemos aceitar um dos maiores ataques que Bolsonaro, Guedes, STF e o governo servil aos capitalistas querem colocar à todo custo. É preciso que os trabalhadores, organizados, lutem pela Petrobrás, assim como em cada setor estratégico para o nosso povo e tome a direção destas para si. Neste sentido, também, colocamos, mais uma vez, a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores, para barrar os ataques dos representantes da alta burguesia que sangram o povo em prol dos bolsos dos ricos. Não podemos ter, de forma alguma, confiança no judiciário, que atua no mesmo sentido de servir a burguesia, tal qual Bolsonaro. Somente os trabalhadores podem dar a saída para a situação atual, fazendo com que as nossas necessidades sejam atendidas e que os capitalistas paguem pela crise.




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