Jornalistas denunciaram no Twitter as condições vexatórias a que foram expostos, sem direito a água, sendo acompanhados para ir ao banheiro e ameaçados de morte caso se retirassem do pequeno local destinado a eles.
terça-feira 1º de janeiro de 2019 | Edição do dia
Imagem: Revista Fórum/ Reprodução Twitter
Hoje, dia primeiro de janeiro, Bolsonaro em sua posse já demonstrou como tratará a imprensa. Os jornalistas ficaram todos amontados em uma pequena sala sem direito a água, só podendo ir ao banheiro acompanhados, e, como denuncia Vicente Nunes foram avisados: "Não pulem a corda, se pularem, levam tiro":
Quando chegaram aos “chiqueiros” nos quais foram confinados, jornalistas foram avisados: não pulem as cordas, se pularem, levam tiro. A que ponto chegamos. E tem gente que defende esse tipo de tratamento autoritário. Por tanto medo de jornalistas? Algo tem a esconder? #CBnaPosse
— Vicente Nunes (@vicentenunes) 1 de janeiro de 2019
Ana Deboux, do Correio Brasiliense denunciou em vídeo o cerco aos jornalistas na posse:
Falta de planejamento ou descaso? Vejam como os jornalistas credenciados para a cobertura da posse de #Bolsonaro estão sendo tratados nos corredores do #Senado. Registro de @sikafruni do @correio pic.twitter.com/DaWeokGx4u
— Ana Dubeux (@anadubeux) 1 de janeiro de 2019
Amanda Audi, do The Intercept, denunciou em seu Twitter que a posse de Bolsonaro está tratando os jornalistas como cachorros:
Não se trata cachorro como os jornalistas são tratados na posse de Bolsonaro. Não tem água, precisa de autorização pra ir ao banheiro, não pode circular pra lugar nenhum, jornada de 14 horas, fomos revistados duas vezes e nos alertaram que há risco de levar bala dos atiradores
— Amanda Audi (@amandafaudi) 1 de janeiro de 2019
Mirian Leitão, do jornal O Globo, denunciou em sua coluna: "Cubro posse desde o general João Figueiredo. Nunca houve nada tão restritivo". Disse que os jornalistas "como gado num curral ficam confinados e não conseguem fazer seu trabalho", e que "com o pretexto da segurança, o trabalho da imprensa está sendo restringido na posse".
O ataque de Bolsonaro a imprensa é somente um indicativo de como irá tratar aqueles que se opõem a ele nos próximos meses. É preciso batalhar para se conformar uma ampla unidade dos trabalhadores, a juventude e todos os setores oprimidos para barrar o ataque aos direitos que o presidente eleito irá colocar no próximo período.