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GREVE METRO DE SP | Por um Metrô público, estatal e com controle de trabalhadores e usuários

Marília Rocha, diretora do sindicato dos Metroviários, fala sobre a necessidade de um metrô público, estatal e sob controle dos trabalhadores do transporte e usuários

Marília Rochadiretora de base do Sindicato dos Metroviários de SP e parte do grupo de mulheres Pão e Rosas

quinta-feira 18 de janeiro de 2018 | Edição do dia

Estamos em greve contra a privatização das linhas 5 e 17 do metrô, o aumento das tarifas e as demissões arbitrárias aos metroviários. A privatização só serve para colocar o lucro do metrô no bolso de empresas corruptas que acabarão repassando boa parte desse dinheiro para financiar campanhas de Alckmin, Dória e companhia.

As empresas só estão preocupadas com o lucro e não com a qualidade do serviço prestado. Por isso, a tendência é que as tarifas aumentem e prejudique ainda mais a população.

Ao mesmo tempo, sabemos que hoje o metrô não é inteiramente estatal: tem participação de empresas privadas (com linhas já privatizadas, como a Linha 4-Amarela, e as que Alckmin deseja privatizar Linhas 5-Lilás e 17-Ouro) e controlado pelo governo do estado que é um governo corrupto, que terceiriza e ataca direitos dos trabalhadores, aumenta tarifa, não se preocupa com expansão das linhas e investimento público no serviço de transporte, envolvidos e diversos escândalos de corrupção e concessões.

Enquanto estiver nas mãos dos governos dos empresários e dos capitalistas, um serviço estratégico como o do metrô, numa grande metrópole como São Paulo, sempre apresentará problemas como a precarização do transporte, aumento de tarifas e a superlotação. Isso porque não está planificado segundo os melhores interesses da população que o utiliza todos os dias, mas sim segundo os interesses comerciais destes empresários que andam de helicóptero e carros de luxo. Isto é verdadeiro também se consideramos o transporte rodoviário e ferroviário.

Defendemos que o metrô seja 100% estatal, sem nenhuma participação de empresários, que só querem lucrar com nossas tragédias. Essa estatização deve ser completa, sem nenhuma indenização aos capitalistas. Mas isso não basta: para estar realmente a serviço da população, deve estar controlado pelos trabalhadores do transporte e usuários, auto-organizados em comitês operário-populares, que definam toda a planificação da malha metroviária (para onde devem ir os novos trechos, as novas linhas para atender as populações mais afastadas, que não tem acesso a esse serviço, onde investir a verba pública, etc). Os trabalhadores e usuários são os únicos que podem colocar o transporte a serviço da maioria da população trabalhadora, porque sabem o que é necessário ao utilizar e trabalhar neste serviço todos os dias.




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