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PROTESTO CONTRA PRIVILÉGIOS | ‘Por que tenho que pagar aluguel para juízes?’, diz um pixo de protesto nas paredes da AGU

Em edifício-sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, pixação denuncia privilégio de juízes, mais precisamente a concessão de auxílio-moradia aos mesmos, que gira em torno de 5 salários mínimos (R$ 4.377,00). “Por que tenho que pagar aluguel p/ juízes (5 salários todo mês)”, denuncia a pixação, que rapidamente foi apagada.

segunda-feira 14 de maio de 2018 | Edição do dia

Em nota, a AGU lamentou o ocorrido falando sobre "danos contra o patrimônio" mas a mesma se calou sobre o enorme dano deferido nos cofres públicos da União para pagar esta casta privilegiada de juízes que ganham além de um salário que gira em torno de R$ 33.000,00, benefícios absurdos como o auxílio-moradia que sozinho gera uma despesa total de R$ 1,6 bilhão por ano para os cofres públicos, isso sem contar os demais privilégios garantidos, como o auxílio-alimentação (que chegam a R$ 1.523,56), o auxílio saúde (de até R$ 1.523,56).

A AGU hoje é responsável por mediar uma tentativa de "conciliação" sobre tais benefícios com associações de magistrados e procuradores, Ministério do Planejamento e as procuradorias-gerais, que seguem sob sigilo. Ou seja, os juízes julgando seus próprios privilégios materiais garantidos pelo Estado. Parece que já conhecemos o final dessa história...

Este mesmo Judiciário que é responsável pelo encarceramento em massa do povo pobre e negro, responsável pela impunidade da polícia que mata trabalhadores todos os dias nas favelas, conivente com a execução da vereadora Marielle Franco e com as forças repressivas do estado, que trabalham para retirar o já limitado direito ao sufrágio universal da população sendo protagonista do golpe e sujeito de sua continuidade, estes juízes eleitos por ninguém respondem aos interesses da classe dominante e do Imperialismo garantindo dia a dia a acumulação de privilégios exorbitantes para juízes, que já recebem em média 70% a mais do que o salário do funcionalismo público. É necessário a abolição completa de tais privilégios, exigindo que estes recebam o mesmo salário que um trabalhador comum.




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