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ELEIÇÕES DCE DA UERJ | Por que precisamos de um novo DCE na UERJ?

Publicamos aqui a contribuição feita pelos militantes da Juventude Faísca e independentes que fazem parte da construção da Chapa 2: É tempo de resistir, ao lado de diversos estudantes e organizações como RUA, Brigadas Populares e NOS (Nova Organização Socialista).

terça-feira 22 de novembro de 2016 | Edição do dia

A crise do estado atinge em cheio nossa universidade, desde setembro os repasses de verbas não são feitos, as bolsas seguem atrasando e a universidade segue cada vez mais precarizada. Nós, estudantes de diversos cursos estivemos durante os 5 meses de greve lutando contra o desmonte da UERJ e do HUPE junto aos professores e técnicos. Estivemos ao lado das/os trabalhadoras/os terceirizadas/os que tiveram seus salários atrasados e foram demitidos em massa, denunciando a conivência e responsabilidade da empresa, da Reitoria e do Governo.

Quanto maior os impactos da crise, maior foi a ausência de uma gestão de DCE forte e de luta. Nas últimas gestões, o PT e PCdoB, atuaram sistematicamente contra qualquer tipo de mobilização dos estudantes. A atual gestão do DCE não apenas está por fora das lutas, mas é uma grande aliada da reitoria e até ontem essas correntes estavam ligadas ao PMDB.

Por isso, hoje nós da Faísca e independentes fazemos parte da construção da Chapa 2 – Oposição “É tempo de Resistir”, que é composta por diversos coletivos e estudantes de vários cursos e campi contra essa situação, e queremos contribuir com algumas ideias sobre o processo eleitoral e o papel do DCE, que colocamos aqui para avançar no movimento estudantil na UERJ e construir uma entidade a altura dos desafios políticos que a conjuntura nos coloca:

1-Por uma entidade que se posicione claramente contra o golpe institucional e o governo golpista, lutando de forma independente do PT, que já vinha implementando ataques e com suas alianças abriu espaço para essa direita.

2-Por uma entidade que coloque todas as suas forças para construir uma grande luta unificada contra os ataques de Temer – fortalecendo em primeiro lugar a luta contra a PEC 241/55 e a reforma do Ensino Médio – e do Pezão e seu pacote de maldades, ocupando as ruas, as universidades e escolas, se aliando aos trabalhadores e construindo greves e mobilizações independentes para barrar esses ataques. Nenhum direito a menos, que a crise seja paga pelos empresários e pelos políticos ricos e poderosos!

3- Contra as manobras do judiciário e as suas medidas, que hoje são parte de levar adiante os ataques mais duros do golpe, como a reforma trabalhista, o corte de ponto dos grevistas aprovado no STF, entre outros. Defendemos que é a juventude e os trabalhadores os que podem e devem acabar com o roubo contra o povo que os governos dos ricos promovem, e não a Lava Jato e o STF que atuam com interesses próprios. Nem a Lava-Jato, nem essa justiça são nossos aliados para lutar contra os ataques de Temer.

4- Por uma entidade democrática para lutar, que defenda a realização de assembleias frequentes e a composição de uma gestão proporcional, com todas as chapas que disputam as eleições fazendo parte da diretoria de acordo com sua votação, para que todos os estudantes e suas posições sejam representadas.

5-Por um DCE independente da Reitoria para construir a luta sem rabo preso com aqueles que estão desmontando a universidade e atacam nossa formação e nosso futuro.

6- Por democracia de fato na estrutura de poder da universidade: por um governo da UERJ com uma composição de maioria estudantil e participação dos três setores de forma proporcional a seu peso na universidade.

7- Pela manutenção e ampliação das cotas, pelo fim da analise socioeconômica, rumo ao fim do vestibular com investimento necessário para que todos tenham direito à educação. Todos devem ter direito de estudar com qualidade e sem pagar.

8- Colocar a produção de conhecimento nos currículos dos cursos, programas de extensão e pesquisas a serviço dos interesses da população e dos trabalhadores.

9- Pela permanência estudantil para todos, com bolsas de estudo equiparado ao salário mínimo, sem contrapartida acadêmica, creches que atenda as necessidades das estudantes mães e com um espaço noturno e com vagas destinadas à comunidade ao entorno, moradia estudantil para todos que precisem, ampliação do bandejão no Maracanã e criação nos outros campis sem terceirização, passe livre intermodal e intermunicipal.

10- Pela efetivação de todos os trabalhadores terceirizados sem concurso público, com iguais salários e direitos dos efetivos. Chega de superexploração e precarização!

Nós da Faísca e independentes fazemos parte da Chapa 2 - É tempo de Resistir – Oposição para poder tirar o PT e o PCdoB do DCE – que nessas eleições se apresentam como Chapa 1 Nosso sonho não vai terminar – e lutar por um DCE combativo e democrático, com uma gestão proporcional em que todos os estudantes tenham voz. Por isso, chamamos todos os estudantes a votar na Chapa 2 e construir conosco um DCE a serviço dessa luta!




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