domingo 8 de novembro de 2015 | 22:31
O Esquerda Diário esteve no Hotel Providência conversando com moradores das regiões atingidas pela ruptura das barragens da empresa Samarco.
Parte da delegação do MRT em Mariana, E.D., operário metalúrgico disse ao Esquerda Diário "No hotel, conversando com as pessoas, me disseram que todos que estavam na Arena Mariana foram entre sexta-feira e sábado transferidos para hotéis diversos. Há um clima de muita incerteza em relação ao que vai acontecer mesmo em curto prazo, quando os holofotes da mídia não estiverem mais voltados à cidade e às ações da empresa. A população e os trabalhadores podem se aproveitar desses holofotes para desde já fazer o que é necessário: tomar o controle dos recursos e de suas vidas".
Entrevistamos Larissa, moradora de Paracatu, uma das cidades em que houve falha no aviso para evacuação e foi devastada pela lama e rejeitos das barragens:
Flavia Vale, dirigente do Pão e Rosas e do MRT, disse "Nos hotéis conversamos com mulheres, crianças, idosos, todos começando a se refazer após desespero de quase perderem suas vidas. Não perderam a vida, mas perderam tudo que construíram ao longo dela. Há agora a angústia de não saber o que acontecerá nos próximos dias. Os moradores não tem nenhum controle sobre como está se dando a gestão da crise, e essa posição da empresa de dominar a vida dos trabalhadores vai na contramão de toda a solidariedade que foi prestada pela população que visivelmente é a grande marca que existe hoje na cidade"
