Uma inédita crise de comando e jurisdição chacoalha as relações entre governadores e Bolsonaro. Uma divisão que também se expressa entre aqueles burgueses que querem o fim, ou no mínimo, o afrouxamento das quarentenas e aqueles que querem sua continuidade. Como e porque se expressam essas divisões que não tem nada a ver com salvar vidas e empregos.
Leandro Lanfredi
Redação
Guedes e o Banco Central anunciaram que vão liberar R$ 1,2 trilhões para salvar os bancos. Itaú, Bradesco e Santander, quase que num "gesto carinhoso" ao governo que os salva, anunciaram que irão importar testes rápidos ao Brasil. A demagogia de quem tem o resguardo dos governos em meio a uma crise que quem irá pagar é a classe trabalhadora.
Rafael Barros
Mostrando mais uma vez sua disposição de ser capacho, Bolsonaro se subordinou a Trump no seu pronunciamento de ontem.
Gabriel Girão
Após segunda-feira turbulenta, com vai-e-véns da chamada MP da morte, informações vindas de integrantes da equipe econômica do planalto confirma a manutenção da suspensão de contrato de trabalho na Medida Provisória. As informações foram divulgadas por Miriam Leitão, da Globo, nessa terça-feira (24)
Todos devem ter acesso democrático à informação sobre as medidas desastrosas que Bolsonaro e seu governo estão tomando
Em nome do lucro, governo mantém reajuste estimado de 4% nos remédios previsto para o fim do mês, segundo estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
Mostrando todo o seu despreparo para enfrentar a crise do coronavírus, o Governo Federal através do Ministério da Saúde requisitou, por meio de um simples ofício, todos os ventiladores pulmonares encomendados pela prefeitura de Recife.
Essa medida revela que a prioridade do governo Bolsonaro não é os trabalhadores, mas salvar o lucro dos empresários e patrões dessa crise de escala global. Crise que não foi gerada pelos trabalhadores mas a eles está sendo posta para ser paga.
Apesar do recuo parcial de Bolsonaro no artigo 18 MP 927, também chamada de MP da Morte, o artigo 2 ainda permite que a suspensão dos contratos de trabalhos e uma série de outros ataques.
Nesta quinta-feira (23), o governador João Dória anunciou que montou uma rede com capacidade de fazer até 2.000 testes diários para identificar infectados pelo coronavírus, que se limita a examinar casos graves. Tal medida, conforme Dória, estará vinculada à laboratórios da universidade de São Paulo para sua realização, no entanto, é insuficiente frente ao cenário posto atualmente, que exige a contratação de todos os trabalhadores e estudantes desempregados que atuam na área da saúde, entre outras medidas (...)
Durante a madrugada, Bolsonaro aprovou na canetada uma MP, que ficou conhecida como “MP da Morte” e que permite as empresas atacarem ainda mais os trabalhadores durante a pandemia. No começo a MP contava com um artigo que permitia os patrões “suspenderem” os trabalhadores por 4 meses sem salário e sem direitos como seguro desemprego. A medida gerou tanta revolta nas redes sociais que Bolsonaro voltou atrás. O artigo será revisto e terá nova versão, mas o restante da MP segue valendo e possui outros (...)
Apésar da falta de materiais, agentes da saúde seguem trabalhando para tentar combater a crise que do corona vírus.
Declaração da secretaria de saúde afirma disponibilizar testes do coronavírus apenas para pacientes internados, impedindo com que haja uma identificação rápida dos infectados assintomáticos ou mesmo que apresentem sintomas leves. É preciso testes massivos para todos que precisarem.
Redação Rio Grande do Sul
A MP mantém ataques como a anulação de feriados; banco de horas para a quarentena; demissão sem pagamento de FGTS, etc.
Flavia Valle
Testes para todos já!