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RIO DE JANEIRO | Policiais Civis são pegos com armamento ilegal no RJ

Na madrugada desta quarta-feira, foram presos 4 policiais civis acusados de formação de milícia, na zona oeste do Rio de Janeiro.

quarta-feira 4 de julho de 2018 | Edição do dia

Através de uma denúncia anônima, os policiais foram pegos em uma boate na região da Barra da Tijuca com um armamento profissional. Foram encontrados 5 fuzis, três pistolas e uma metralhadora antiaérea dentro do porta-malas de um carro roubado utilizado pelos policiais.

A milícia atuava na favela da Carobinha em Campo Grande e é mais uma das diversas que assassinam o povo negro no Rio de Janeiro.

São dezenas de jovens mortos cotidianamente nas favelas cariocas, seja pela polícia diretamente ou grupos para-militares de policiais e ex-policiais. Não esquecemos do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, morta por lutar contra a intervenção federal no Rio, que até hoje não foi realizada uma investigação que pudesse resolver o crime. Sabemos que o principal responsável é o Estado brasileiro e o governo golpista de Temer que usa demagogicamente a intervenção militar como justificativa para acabar com a violência e garantir a segurança, ao mesmo tempo em que aprova reformas que precarizam cada vez mais a vida da juventude, destinada ao desemprego e a fome sem direito a saúde e educação, deixando para o tráfico o futuro dos jovens da periferia. A única forma de garantirmos a segurança para todos é o pleno emprego com condições dignas de trabalho.

Isso é uma das expressões da decomposição social que se encontra hoje o Rio de Janeiro, jogando sobre as costas do povo pobre, especialmente a juventude negra nas favelas, o peso da crise que se estende e se aprofunda. A polícia, o narcotráfico e as milícias são os principais expressões dessa decomposição social, e são de responsabilidade inteiramente do Estado. A intervenção federal que assassina o povo negro - como Mariele, que mesmo depois de mais de 100 dias seu assassinato segue sem explicações - só aumenta os índices de violência e aumenta a barbárie que acontece hoje no Rio de Janeiro. A resposta a essa decomposição social só pode ser anticapitalista. Enfrentar estruturalmente essa crise só é possível com a legalização das drogas, que significa acertar no coração da polícia, do narcotráfico e das milícias, fazendo com que sejam os capitalistas que paguem por esta crise que eles próprios criaram.




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