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RIO DE JANEIRO | Polícia invade baile funk na Rocinha e mata oito jovens

A polícia segue cumprindo seu trabalho à mando do Estado: essa madrugada PMs invadiram um baile funk e mataram oito pessoas. Um dos jovens morreu baleado nas costas.

sábado 24 de março de 2018 | Edição do dia

Folha de São Paulo

A polícia militar do Rio de Janeiro invadiu um baile funk às 5 horas da madrugada na rocinha e disparou tiros, matando pelo menos 8 jovens. Uma moradora que viu a ação, e que não se indentificou, segundo o jornal Extra, afirmou que viu os policiais militares arrastando os corpos para as viaturas e confirmou ser comum esse tipo de ação truculenta e assassina da PM na favela.

Um dos rapazes assassinados pela polícia, Matheus da Silva Duarte, de 19 anos, foi baleado pelas costas durante o tiroteio no baile funk na região do Roupa Suja. Márcio, pai do jovem, afirmou que seu filho não era envolvido com o tráfico, e que a polícia invadiu o evento batendo nos moradores por volta das 5h50 da madrugada. Julio Lima Moraes, 23 anos, foi baleado pela polícia e segundo a família o ocorrido foi durante o horário que ele saia para trabalhar. Julio trabalhava em uma churrascaria e já estava morto quando seus familiares chegaram ao hospital.

Matheus da Silva Duarte, de 19 anos, foi baleado pelas costas durante o tiroteio no baile funk na região do Roupa Suja. Fonte: Reprodução

A versão da polícia é que houve troca de tiros entre os policiais e traficantes da região A Tropa de Choque teria sido atacada na Rua 2 e na Roupa Suja pelos traficantes.

A polícia fez mais 8 vítimas nesta madrugada, entrando mais uma vez nas favelas para manchar as ruas de sangue de jovens negros. Mais uma vez a política de guerra às drogas encabeçada pelo Estado tira a vida de muitos trabalhadores em suas ações assassinas, uma verdadeira política de genocídio do povo negro e pobre.

A Intervenção Federal no Rio, vem fazendo suas vítimas todos os dias, junto com a polícia assassina. As ações policiais na Rocinha duram desde setembro do ano passado, e em janeiro já haviam somado 34 mortos. É preciso organizar um plano de luta contra a intervenção federal no Rio, que nada tem a ver com segurança pública, e sim com um verdadeiro exército de policiais e militares varrendo as ruas cariocas de sangue negro e pobre.




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