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Violência Policial | Polícia civil conclui legítima defesa em chacina feita por policial em pizzaria

De acordo com inquérito, policial militar que perseguia ex-namorada e invadiu a casa de uma amiga da mulher no contexto das mortes agiu em legítima defesa. Família das vítimas receberam notícia com tristeza e revolta, segundo advogado.

sexta-feira 2 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Na última quinta-feira (1), a polícia civil concluiu o inquérito que apurava as mortes causadas em uma pizzaria de Porto Alegre por um policial militar. Na situação, após perseguir sua ex-mulher em sua residência e não encontrá-la, o mesmo se dirigiu para casa de uma amiga da mulher, onde ocorria uma festa e invadiu a residência. Alguns participantes da festa ficaram incomodados com o policial e foram atrás dele, que se escondeu em uma pizzaria. Após isso, o policial disparou, matando 4 pessoas.

Segundo o delegado Gabriel Lourenço, titular da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa: "Pelos elementos que foram colhidos durante o inquérito, o policial age em legítima defesa utilizando os meios necessários moderadamente para repelir aquela injusta agressão que sofria no momento em que foi encurralado no banheiro da pizzaria"

Ver também: Jovem assassinado pela PM, no Rio, tem seu celular encontrado no caveirão, 40 dias depois.

O advogado das vítimas, Ismael Schmitt, citou que a família recebeu a notícia com “tristeza e revolta” e questiona a legítima defesa.

Agora o inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que analisará o documento, podendo confirmar, ou não, a tese de legítima defesa.

Cristian Lucena Terra (33 anos), Cristiano Lucena Terra (38 anos), Alisson Correa Lucena (28 anos) e Alexsander Terra Moraes (26 anos) foram as vítimas dos meios “necessários e moderados” utilizados pelo policial, após invadir uma festa de família, armado.

Em protesto, familiares contestam legítima defesa e dizem que vítimas pediam que policial parasse, citando que homem matou vítimas porque quis, atirando apenas na cabeça.




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