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ATAQUES AOS TRABALHADORES | Pirelli colocará 1,5 mil Trabalhadores em Lay-Off no país

sábado 4 de abril de 2015 | 00:02

A notícia da compra da Pirelli pela estatal chinesa ChemChina semana passada (22/03) espalhou tensão no chão de fábrica, dias depois a tensão torna-se realidade e 400 trabalhadores serão afastados.

A Empresa Italiana Pirelli foi comprada pela gigante estatal chinesa do setor químico ChemChina em um negócio de 7,1 bilhões de euros que garante a chinesa 26% da companhia e 50,01% das ações a partir de junho, logo após a compra foi anunciado que a venda não impactaria nos empregos no Brasil e que o investimento previsto de 250 milhões seria mantido. Com o título de quinta maior fabricante de pneus do mundo e presente há mais de 80 anos na região, a fábrica emprega por volta de 2.500 trabalhadores em sua planta em Santo André.

Demissões na Região

A venda da Pirelli assombrou os trabalhadores, a Região do Grande ABC não está bem, o número de demissões aumenta como o valor das contas, apenas o salário não obedece esta lei, no primeiro bimestre foram fechadas 4.290 vagas de emprego número quinze vezes superior ao mesmo período de 2014 quando foram fechados 275 postos de trabalho. O seguimento comercial teve o maior número de postos de trabalho fechados com 2.148 vagas seguido pela indústria que fechou 1.245 vagas nos dois primeiros meses de 2015 segundo os números levantados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Montadoras abrem PDV

A Mercedes abriu há algumas semanas PDV para reduzir o volume de funcionários excedentes na unidade de São Bernardo. Segundo a montadora, cerca de 1.200 funcionários tem que ser demitidos para ajustar o ritmo atual de produção – o que sentenciaria quase um quarto do efetivo total dos trabalhadores da fábrica às filas de desempregados .A atuação do sindicato gera mais medo entre os trabalhadores, nenhuma medida efetiva foi tomada para barrar as demissões.
A Ford que em fevereiro afastou 424 trabalhadores por tempo indeterminado no dia 26/03 e abriu PDV para o mesmo número de funcionários e o reajuste salarial do ano será convertido em abono. A justificativa para o ataque são os mesmos argumentos da Mercedes “readequar a mão-de-obra ao ritmo de produção.”

Tensão no chão de fábrica

O anúncio do afastamento de 400 funcionários instalou o medo na fábrica, a patronal com o apoio do sindicato coloca trabalhadores contra trabalhadores na dura disputa para não ser afastado, a única certeza é de que quem ficar terá o trabalho dobrado e quem sair terá seus direitos trabalhistas cortados. A fabricante de pneus explica que a venda de veículos no primeiro bimestre foi 23,1% menor frente ao mesmo período de 2014. O setor de caminhões é o mais crítico com desempenho 39,4% menor em comparação ao ano de 2014. O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Marcio Ferreira, afirmou que “a Pirelli tem hoje 1,1 milhão de pneus em estoque no Brasil. Agora, precisamos discutir pontos do lay-off, como manutenção do convênio médico, PLR, entre outros”, esta atitude do sindicato só aumenta a apreensão dos trabalhadores que não veem com bons olhos negociar com a empresa que não sustentou nem por uma semana a promessa que a venda não afetaria os empregos.




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