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Pezão nega crise nas UPPs e informa mais de 2 mil de policiais nas ruas do Rio

Enquanto o Estado do Rio amarga uma das suas piores crises, com atraso nos salários dos servidores públicos e cortes nos serviços básicos como saúde e educação, o Governador Luiz Fernando Pezão pagará, R$ 22 milhões ao Regime Adicional de Serviço (RAS) e Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis). Com essa medida será possível aumentar o número de policiais militares nas ruas do Rio de janeiro para mais 2 mil policiais por dia.

sexta-feira 9 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Foto: Reginaldo Pimenta/ Agência O Globo

De acordo com o Pezão , com o aumento de arrecadação seria possível pagar mais de 76 milhões de atrasados, parcelados em 4 vezes, em fevereiro e até dia 16 do mesmo mês haverá o pagamento dos salários de todo o funcionalismo público, e assim reintegraria o programa de metas em batalhões e delegacias. Pelos planos do governo serão gastos quase R$ 200 milhões em segurança.

Com o nível de crise econômica e politica que o Estado enfrenta é possível notar o aumento considerável da violência e da militarização do Estado. Principalmente neste período de férias os governantes querem passar uma imagem de segurança, já que o Rio de Janeiro, é o local de destino de muitos turistas. Somente no carnaval teremos mais de 17 mil policiais na rua. Só que apesar do que o Governador afirmar, o aumento da militarização da cidade, com o uso inclusive do exército em alguns territórios está longe de diminuir os índices de violência no estado. Pelo contrário o que vemos um clima de cada vez mais repressão e um verdadeiro extermínio da população mais pobre moradora das favelas e periferias e em sua maioria negra.

O número de mortes apontados em janeiro é a maior do período nos últimos 10 anos. Somente em janeiro deste ano, 66 pessoas foram mortas durante operações policiais somente na cidade do Rio, esse número foi obtido pelo Jornal EXTRA á partir dos número foi levantado pelo EXTRA em registros de ocorrência de “homicídios decorrentes de oposição a intervenção policial” ( é assim que a polícia relaciona as mortes durante as operações) nas delegacias distritais da capital, na Delegacia de Homicídios (DH) e na Central de Garantias. Mesmo com esse número alarmante de vítimas, Pezão não reconhece a falência do projeto das UPPs e afirma que não acabará com o projeto.

Com a perspectiva de maior investimento em segurança, parceria com as forças federais e a garantia de pagamento dos setores da segurança no Estado, Pezão deseja garantir que haja condições do Estado reprimir qualquer tipo de mobilização que possa emergir no Rio de Janeiro. Demonstrando como o estado continua a ser o balão de ensaio do Governo golpista e dos capitalista, por isso, precisamos construir uma luta contra o genocídio da população negra e favelada e a crise que querem descarregar nos trabalhadores, a juventude, as mulheres e aos negros e negras.




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