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AMEAÇA À IMPRENSA | Perguntado sobre Queiroz, Bolsonaro ataca repórter: "vontade de encher sua boca de porrada"

Neste domingo (23), Bolsonaro destilou mais um ataque à imprensa. Desta vez, Bolsonaro foi ainda mais a fundo no seu reacionarismo, ameaçando de agressão um jornalista. Seu filho Carlos Bolsonaro reafirmou hoje(24) no twitter apoio a posição de seu pai.

segunda-feira 24 de agosto de 2020 | Edição do dia

Questionado sobre depósitos milionários feitos por Fabrício Queiroz à esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, o presidente negacionista reagiu ameaçando fisicamente o repórter: “vontade de encher sua boca de porrada, seu safado”. E para completar a festa de ataques, Carlos Bolsonaro postou em seu twitter o vídeo da ameaça com a seguinte legenda: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”, no auge de seu reacionarismo.

A pergunta feita pelo repórter, sobre o repasse de R$ 89 mil para a conta de Michelle Bolsonaro realizado por Queiroz, não foi respondida por Bolsonaro, mas nas redes houve movimentação de diversas figuras conhecidas questionando o presidente negacionista. E se por um lado as mentiras da família Bolsonaro vão tornando-se cada vez mais escancaradas, por outro também é certo que o STF mede seus passos de ataque a Bolsonaro com esses fatos. Isso porque nesse momento de crise política, econômica e sanitária há uma necessidade para os 3 poderes, de pactuarem contra a classe trabalhadora para salvar a economia dos grandes empresários.

Nós do Esquerda Diário repudiamos fortemente as ameaças à imprensa e prestamos solidariedade ao jornalista atacado. No começo do ano, uma pesquisa apontou que 58% dos ataques à imprensa vem diretamente de Bolsonaro. É visto que o negacionista apoia somente as mídias diretamente bolsonaristas, como SBT e Record, atacando inclusive as mídias burguesas, mesmo que essas apoiem o projeto de ataques aos trabalhadores, levantando como “necessidade” as reformas anti-operárias e retiradas de direitos frente à crise econômica. O que o governo Bolsonaro e Mourão, o Congresso, o STF e inclusive as mídias burguesas não falam é sobre as isenções bilionárias aos grandes empresários e a dívida pública, que suga dinheiro público direcionando-o aos bancos privados em detrimento da vida da população.

Por isso nos colocamos completamente contra qualquer ameaça à imprensa ao mesmo tempo que lutamos para desmentir as falácias burguesas de que “não há dinheiro, logo é necessário cortar seus direitos”. A verdade é que os capitalistas seguem lucrando enquanto os trabalhadores afundam no desemprego e na miséria. Lutemos pelo não pagamento da dívida pública, pois quem tem que pagar por essa crise são eles e não o povo trabalhador, a juventude, os negros e negras, as mulheres e os LGBTS.




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