Em seu depoimento na CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que a falta de oxigênio no estado do Amazonas teria durado apenas 3 dias, nos dias 13, 14 e 15 de janeiro, e que ele foi alertado apenas no dia 10. Documentos do Ministério da Saúde contradizem sua versão.
quarta-feira 19 de maio de 2021 | Edição do dia
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Pazuello disse que teria sido alertado do problema apenas no dia 10 de janeiro, e que na reunião com o governador amazonense Wilson Lima (PSC), no dia 7 de janeiro, nada teria sido dito. E que a partir do dia 12 de janeiro o governo federal já teria começado o fornecimento de cilindros extras de oxigênio ao estado.
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O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), disse possuir documentos oficiais do Ministério da Saúde que mostram que Pazuello mentiu, e que teria sido alertado sobre a falta de oxigênio já no dia 7.
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Em entrevista coletiva de março, o próprio Pazuello já havia questionado "o que o Ministério da Saúde tem a ver com distribuição de oxigênio?", em uma demonstração de seu completo descaso com as vítimas e as consequências da pandemia, pois não só a falta de oxigênio no Amazonas se estendeu por mais tempo, como atingiu também outros estados da região.
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