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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Paulo Guedes promete favores eleitorais para deputados que votarem a favor da reforma

O ministro da economia de Jair Bolsonaro, em reunião com parlamentares, prometeu uma “agenda positiva” por parte do governo que favoreceria a reeleição de prefeitos da base aliada nas eleições municipais de 2020.

quarta-feira 3 de abril de 2019 | Edição do dia

Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

Paulo Guedes, ministro da economia do governo de Jair Bolsonaro, se
reuniu hoje com deputados para negociar os termos do apoio à proposta de
governo de reforma da previdência.
Para viabilizar o ataque do governo ao direito da população de se
aposentar, e forçar boa parte dos mais pobres a [morrer trabalhando-
>https://www.esquerdadiario.com.br/Bolsonaro-concorda-com-Maia-
devemos-trabalhar-ate-morrer] ou viver com uma aposentadoria de
miséria->http://www.esquerdadiario.com.br/Idosos-em-condicao-de-
miseria-terao-renda-rebaixada-em-Reforma-da-Previdencia-de-
Bolsonaro], o governo Bolsonaro já mostrou ampla disposição de comprar votos e rifar ainda mais o país, por exemplo comprando deputados com mais de R$1 bilhão em ementas em troca de votos.

Agora, Guedes parte para cantar aos possíveis cúmplices as graças que o governo federal poderia levar a cidades governadas por aliados, facilitando sua reeleição em 2020.

Leia também: 10 provas de que a Reforma da previdência não é justa

Guedes fala sobre como, se a reforma for aprovada, o “clima econômico do país” (lê-se os lucros do patrões e capitalistas especuladores com a maior exploração do trabalho) será muito melhor, favorecendo que o governo lance uma “agenda positiva” que inclui o Pacto Federativo e uma reforma tributária, que poderia ser extremamente benéfica para os grandes empresários que financiam as campanhas de prefeitos e governadores, para depois usufruírem de isenções fiscais e vista grossa em contratos irregulares, como é o caso do Rio de Janeiro, tanto no
estado, como no município
. Paulo Guedes fez questão de enfatizar que, o quão melhor for o “clima econômico” e quanto mais “o país crescer” após a reforma, melhor serão as condições para o governo ceder regalias aos atuais prefeitos, e que isso tornaria mais fácil sua reeleição, ao passo que em um cenário onde a reforma não é aprovada, a oposição supostamente teria mais chances graças às profundas crises que afundam os municípios.

A demagogia aberta de Paulo Guedes, prometendo facilitar a reeleição de sua base aliada em troca de apoio para seu projeto de atacar a aposentadoria dos trabalhadores, é só mais uma face do amplo plano do governo Bolsonaro de aprovar, da maneira que for, a “mãe de todas a reformas” - privando milhões de trabalhadores do direito de se aposentar, cortando o acesso de muitos aos benefícios e aumentando draconianamente os tempos de contribuição (mesmo acima da expectativa de vida de algumas partes do país) para ampliar ao máximo
possível a exploração do suor dos que trabalham, e agora terão de começar a trabalhar o mais cedo possível (em um mercado de trabalho recessivo, com um contingente de reserva de 13 milhões de desempregados mantendo os preços da mão de obra baixos) e seguirem trabalhando até o fim da vida, para chegarem à idade mínima com tempo de contribuição suficiente.

É por isso que, enquanto o governo se articula para comprar votos do corruptos políticos burgueses da base aliada, não podemos seguir no imobilismo na luta contra a reforma! Se faz urgente que as grandes centrais sindicais organizem, em todos os locais de trabalho assembleias e conselhos de luta, para articular uma grande resistência nacional contra esse ataque central ao futuro e às condições de vida da classe trabalhadora!

Leia: Que a revolta dos trabalhadores contra a Reforma da Previdência estremeça o país!




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