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BOLSONARO CANDIDATO | Conheça ’Patriota’, o partido corrupto que lançará Bolsonaro à presidência

quinta-feira 23 de novembro de 2017 | Edição do dia

Bolsonaro já acertou os mínimos detalhes de sua candidatura, fechou negociação como o Patriota, antigo Partido Ecológico Nacional que trocou de nome no Tribunal Superior Eleitoral. O "patriota" PEN tem mais coisas em comum com Bolsonaro do que se pode imaginar.

A legenda de aluguel fez da política um negócio de família. Dos 14 cargos executivos do ex-PEN, 5 são da família do seu presidente, Adilson Barroso. Sua mulher, Rute Oliveira foi a Primeira Secretaria do PEN e também foi diretora financeira da Fundação Ecológica Nacional (FEN); o filho Fernando Barroso era tesoureiro do partido, o vice-presidente era o irmão de Adilson, Rogério Barroso; e seu outro irmão, Aguinaldo Barroso, era secretario de Relações Internacionais.

O Partido tem sede em Brasília, mas boa parte das decisões ocorre diretamente na chácara da família em Barrinha (SP), como revelou esta matéria d’O Globo. A Fundação Ecológica Nacional funciona no mesmo local, que tem também uma piscina escrito "PEN 51" no fundo. Será que agora estará escrito Patriota no lugar?

Segundo revelou o site Coluna Esplanada, Adilson Barroso já declarou ser natural de três cidades diferentes. Em 2006, candidato pelo PSC, disse ser de Minas Novas (MG), na eleição seguinte disputou cargo na Alesp dizendo ser de Barrinha (SP) e em 2014, concorrendo a deputado federal, declarou ser de Leme do Prado (MG), segundo o site.

O PEN, ao lado do PSL, foi o partido mais pró-Temer da Câmara de Deputados, segundo o Valor Econômico, votando sempre seguindo a orientação da base governista, contra a aceitação da denúncia de Temer e à favor das reformas. É desta forma, em uma democracia em que os corruptos dependem do apoio mutuo entre si para se salvar das denúncias, que o PEN despontaava com seus 3 deputados federais.

Em um levantamento sobre as doações eleitorais das empreiteiras investigadas pela Lava-Jato, o PEN consegue aparecer dentre os 28 partidos que mais receberam financiamento para suas campanhas, com R$ 1.117.880,00. (Fonte.)

De ecológico, aliás, o partido não tinha nada, já que votou à favor do Código Florestal tão criticado pelos ambientalistas. Em sua cartilha política, o PEN entendia que é algo como adotar e criar uma árvore dentro de casa (parecido com o que disse Flávio Bolsonaro nas eleições do Rio).

Tentaram em 2014 negociar a candidatura de Marina da Silva, que preferiu sair pelo PSB. Neste ano estão dispostos a mudar o nome para levar adiante a candidatura de outra família que fez da política um negócio, e um negócio bastante reacionário, disseminando ódio aos LGBT, negros, indígenas, mulheres, trabalhadores e todos os setores oprimidos.

Bolsonaro gosta de falar "contra a corrupção" mas suas alianças mostram que ele é fruto do mesmo fisiologismo de sempre da política corrupta das propinas de empresas, afinal, "qual partido não recebe?". Nessa corrida por votos, está valendo tudo, inclusive prometer levar o mar até Minas Gerais.

Leia mais: Jair Bolsonaro: o patriota "made in USA"




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