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GREVE MUNDIAL DO CLIMA | Paralisações em BH: Em defesa da Educação e do Meio Ambiente

A paralisação de estudantes e trabalhadores da educação foi contra a precarização dos serviços públicos, e aderiu à pauta do meio ambiente.

sábado 21 de setembro de 2019 | Edição do dia

Essa sexta feira, 20, foi dia de paralisação das aulas, em Belo Horizonte. Trabalhadores da educação e estudantes de Minas Gerais e das redes municipais de BH e região metropolitana também se reuniram em um ato chamado pelas centrais. Suas pautas são contra a reforma da previdência, contra as privatizações no serviço público de educação de Minas e contra a destruição da Amazônia. As paralisações trazem também uma forte crítica aos ataques reacionários dos governos de Zema e de Bolsonaro, que querem fazer com que a juventude e a classe trabalhadora paguem pela crise causada pelos capitalistas.

Flavia Valle, professora da rede estadual (MG) e militante do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores), fala sobre a paralisação diretamente do ato chamado em BH. Transcrevemos parte do vídeo abaixo, em que ela explica as pautas:

“A nossa paralisação é também contra todos os ataques que estão acontecendo na Educação. [Porque] a gente vive hoje, uma tentativa de implementação de projetos reacionários como o Escola Sem Partido, que vem, nada mais nada menos, para tentar calar a voz da juventude e dos professores, nas escolas.
A gente vem aqui para lutar contra toda a precarização do ensino, como vem fazendo o governo Zema, que além de não pagar os salários devidos pros professores, também vem fechando turmas, deixando as salas superlotadas.
A gente vem aqui lutar contra a privatização, que é um projeto em comum do governo Bolsonaro e do capacho Zema, que querem fazer com que a população e os trabalhadores paguem cada vez mais pela crise que foi criada pelos capitalistas.
Então nosso protesto vem trazendo todas essas demandas, e também tem uma pertinência muito grande.”

Greve do Clima

Houve ainda um ato, às 17h na praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte, integrando a greve internacional pelo Clima - que ocorreu em 150 países, com cerca de 5 mil protestos.

Entre os dias 20 e 27 de setembro haverá uma “semana de ação”, iniciada com a Greve Mundial pelo Clima desta sexta-feira, dia 20. A convocatória é promovida por diversos movimentos e coletivos ambientalistas e ecologistas de distintos países.
Dentre as principais pautas dos manifestantes estão as queimadas na Floresta Amazônica e na Indonésia, o aumento das temperaturas médias causado pelo aquecimento global e a redução das emissões de gás carbônico.

Flavia menciona também as precárias condições de vida (trabalho, estudo e saúde), que as mudanças climáticas proporcionam. Um exemplo é o precário atendimento aos milhares de trabalhadores e jovens que foram aos postos de saúde, por conta do clima desértico da região de BH e arredores. Vale lembrar que Minas Gerais já teve de lidar com a ganância dos capitalistas em diversas tragédias ambientais, como as de Mariana e Brumadinho.

A lógica do capitalismo é a lógica da ampliação do lucro e acumulação a qualquer custo, portanto, utiliza a natureza enquanto matéria-prima e, para isso, não existem limites. Os capitalistas impedem que o desenvolvimento tecnológico e das forças produtivas neste sistema se harmonize aos recursos naturais. Pelo contrário, a capacidade da Terra em suportar a destruição capitalista está chegando ao seu limite.

Mas o capitalismo tem sede de lucro. E é inegável que hoje, para combater a mudança climática e todos os ataques ao meio ambiente é necessária uma saída drástica e radical. A solução para a crise climática global não virá das entranhas do mesmo sistema que a produziu.
O capitalismo é o que destrói o planeta e nossas condições de vida; por isso, destruamos o capitalismo!




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