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PARADA LGBT EM SP | Parada LGBT retoma caráter político exigindo Estado laico e com protestos contra Temer

O tema da 21ª Parada do Orgulho LGBT foi "Todas e todos por um estado laico". Além do tema político, durante o evento se ouviram muitos protestos contra Temer.

segunda-feira 19 de junho de 2017 | Edição do dia

São Paulo abriga a maior parada LGBT do mundo, mas há anos o seu caráter político e de protesto contra a LGBTfobia havia sucumbido, dando lugar a um evento puramente festivo com um orçamento imenso e que movimentava o turismo na cidade.

Contudo, esse ano, sem perder nem um pouco da alegria dos anos anteriores, foi possível notar que o protesto voltou a dar o tom da parada. A luta por um Estado laico foi o tema do evento, que reuniu uma multidão de milhões de pessoas pessoas na Avenida Paulista.

Era difícil até mesmo andar em meio à multidão, que espontaneamente entoava cantos contra Temer. O presidente tem se mostrado um grande aliado da bancada evangélica, o principal setor no Congresso e na política nacional que tenta tornar os dogmas de suas Igrejas em leis do Estado, como vimos no caso de Marco Feliciano e sua proposta de "cura gay", visando descriminalizar que psicólogos tentassem "curar" pacientes de sua homossexualidade, algo que já foi proibido pelo Conselho Federal de Psicologia há pelo menos vinte anos.

Enquanto isso, na Marcha Para Jesus desse ano, evento que ocorreu no dia 15 e que conta entre seus organizadores diversas das Igrejas que lutam contra os direitos da população LGBT, vimos manifestações de pastores em apoio a Temer e suas reformas. Diversos líderes evangélicos lançaram também um plano de previdência privada na última segunda-feira.

Veja o depoimento de alguns participantes da parada sobre o tema desse ano e a importância da parada LGBT:

Esse ano ainda contou com uma novidade notável, que foi a participação de um bloco organizado pela Secretaria LGBT e de Diversidade Sexual do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP).

O Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e o Nossa Classe também levaram ao ato a campanha "tomar a greve geral nas nossas mãos", chamando os LGBTs a lutarem para que a greve do dia 30 do junho seja maior e mais forte para lutar contra Temer e seus ataques e os direitos da população LGBT.


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