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Para proteger interesses de grandes multinacionais governo defende sigilo de agrotóxicos

72% dos agrotóxicos utilizados na produção ode alimentos no Brasil não são divulgados e protegidos por sigilo legal. A medida beneficia Bayer, Syngenta e Basf, grandes multinacionais e põe em risco a saúde da população

sábado 28 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto reprodução/Guia de orgânicos

Com a justificativa de “sigilo comercial”, o Ibama protege as multinacionais e garante ao sigilo de 232 agrotóxicos usados na produção ode alimentos no país que significa 72% do total de agrotóxicos autorizados no país desde 2018. O Ibama, através de análise de resíduos presentes em vegetais e frutas comercializados, poderia até chegar as fazendas que produziram os alimentos e a quais empresas forneceriam os agrotóxicos.

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O sigilo é garantido pelas leis nº 9.279/96 e 10.603/2002, que tratam as informações como “segredo industrial e comercial”, já que, de acordo com o próprio Ibama, poderiam ser utilizadas por concorrentes para conquistar clientela e incentivar a concorrência. Mas o que fica claro é que essas leis garantem o direito ao monopólio de três gigantes químicas que dominam incontestavelmente o mercado brasileiro de agrotóxicos.

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Essas leis monopólicas garantem também que essas empresas especulem no mercado mundial o valor de seus ativos financeiros já que o número de registros de agrotóxicos que cada empresa possui aumenta o portfólio das empresas o que valoriza em muito sua ações no mercado.

De acordo com a médica sanitária Telma Nery . “A gente pode estar com casos de problemas de saúde que têm relação [com essas substâncias], e a gente não consegue estimar, porque não se sabe qual é essa quantidade e as culturas que estão utilizando”.

Mais uma prova de que as leis capitalistas servem para garantir os lucros e os rendimentos de grandes empresas em detrimento da saúde da população que não tem o direito de saber que produtos tóxicos está ingerindo e dessa forma ficam impossibilitadas de refletir sobre os danos a saúde e possíveis problemas decorrentes da ingestão desses agentes.

Com informações do site Pública

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