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MINISTRO SAÚDE | Para ministro da saúde, quem defende o SUS é ideólogo

sábado 12 de novembro de 2016 | Edição do dia

O ministro golpista da Saúde, Ricardo Barros, disse em entrevista á BBC Brasil que pesquisadores que defendem um sistema universal de saúde – sistema que atenda todos os segmentos da população - "não são técnicos, nem especialistas, são ideólogos que tratam o assunto como se não existisse o limite orçamentário, como se fosse só o sonho". A resposta foi dada após ser questionado sobre a opinião do professor da UFBA Jairnilson Paim (autor do livro ‘’O que é o SUS’’), para quem um sistema que atende menos pessoas tende a ser pior.

De acordo com o ministro da Saúde: "Falar que tem que pôr mais gente demandando, sendo que o recurso é limitado, é uma incoerência. (…) O SUS é tudo para todos, ou tudo que está disponível no SUS para todos?", questionou também.

Sua pasta elabora uma proposta de ‘’planos de saúde acessível’’. Com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda. O objetivo é que essas pessoas façam consultas e tratamentos no sistema privado. Existe um grupo de trabalho dentro do ministério, que inclui representantes da indústria de planos de saúde, elaborando um projeto a ser disponibilizados pelas as operadoras.

Para Ricardo Barros, para pensar a saúde pública sem pensar como ideólogos tem que defender os cortes e as medidas privatistas do governo Temer. Barros quer colocar que o seu projeto para saúde feito por grandes empresários do setor privado é algo inevitável para o país. Por trás do seu discurso ‘’ Nós temos que equilibrar o país, pôr as contas em dia, pagar nossa dívida e seguir a vida. Eu não posso discutir uma tese que "olha, nunca mais vamos pagar a dívida, vamos continuar fazendo deficit porque eu preciso gastar, então eu gasto, pronto’’ está a defesa do aumento do lucro dos grandes capitalistas.

Conforme denunciamos neste site, o SUS está na mira dos ataques do governo golpista de Michel Temer. O próprio ministro da saúde disse que ‘’a constituição preconiza o direito de acesso universal a saúde, mas infelizmente temos o orçamento’’. É claro que quem vai estar fora deste orçamento são os trabalhadores mais precários e a população mais pobre.

No ano que ficou marcado pela Dengue, pelo Zika Vírus e do Chikunguya, Temer e Ricardo Barros com os seus cortes na área da Saúde apenas vai aumentar estes problemas. Para reverter este problema é preciso taxar as grandes fortunas dos empresários e banqueiros, mas se depender da vontade do atual governo isso não vai acontecer, pois estão a serviço dos ricos.

Conforme estamos escrevendo aqui, é preciso seguir o exemplo dos estudantes de todo Brasil e organizar uma grande mobilização para barrar estes cortes do governo Temer. Para isso, a CUT e a CTB precisam romper com o seu pacto com o atual governo e organizar suas bases para a luta. Se continuarem seguindo a orientação de Lula de ‘’não incendiar o país’’ , vão abrir espaço para Temer implementar suas medidas.




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