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AMAZÔNIA EM CHAMAS | Para aprofundar subserviência brasileira, Eduardo Bolsonaro chega a Casa Branca

Em meio a disputas internacionais com imperialismo europeu em torno da crise de incêndios na Amazônia, Bolsonaro busca apoio de Trump, que se anima com a possibilidade de disputar mercado brasileiro com a China.

sexta-feira 30 de agosto de 2019 | Edição do dia

Foto: Paola de Orte / O Globo

Eduardo Bolsonaro chegou hoje à Casa Branca para encontro não previsto na agenda oficial de Trump. O grupo chegou à residência oficial do presidente norte-americano pouco antes das 14h, 13h no horário local.

Em meio ao escândalo da Amazônia em chamas, a tentativa dos governos é a de como contornar a situação sem comprometer as promessas de compromisso travada por Bolsonaro entre EUA e Brasil. Nesse emaranhado de interesses, está presente com força empresas de mineração americana, e o estudo de como conseguir avançar em terras indígenas.

Para sair da sinuca de bico em que se encontra, Bolsonaro busca apoio de Trump e de Netanyahu, presidente israelita. O Brasil já aceitou uma oferta de "ajuda" do presidente israelense, no último domingo. Israel irá enviar um avião com equipamento de combate a incêndios. O Presidente declarou:

— "Talvez tenha uma novidade logo mais, o Ernesto e o Eduardo estão nos Estados Unidos, talvez eles tenham algo a adiantar na conversa com o Trump, porque eu pedi para o Trump nos ajudar. O Trump tem dito também que não poderiam tomar uma decisão sem ouvir o Brasil. O Brasil é um país amigo de todo mundo, e eu sou diplomata, eu sou uma pessoa afeta ao diálogo".

O encontro de Trump com Eduardo Bolsonaro tem como pano de fundo “perpectivas comerciais”. Os EUA estão de olho, e tem lugar privilegiado no governo Bolsonaro, para frear tentativas do agronegócio brasileiro de abrir novas exportações para a China, no contexto da guerra comercial China-Estados Unidos.

É interesse do agronegócio brasileiro de incrementar seu comércio com a China que tem se chocado com os interesses capitalistas de EUA, França e Alemanha. Sendo esta última a maior beneficiária do acordo Mercosul-EU, tentando explorar o papel brasileiro de país agroexportador para tentar conter o ritmo da desaceleração econômica que assola o país germânico.

As disputas entre estes países imperialistas de nada irá adiantar para contribuir para o combate ao aquecimento global (que Trump e Bolsonaro negam existir) e mudanças do uso do solo gerados pelo capitalismo e que são responsáveis pela crise ecológica. Principalmente frente ao risco de retração mundial que se avizinha, na qual os capitalistas tentarão de tudo para aumentar seu lucros, mesmo que isso signifique a devastação de um ecossistema tão importante quanto a floresta amazônica.




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