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MASSACRE EM PARAISÓPOLIS | Para abafar o caso, Doria coloca 32 policias do massacre em Paraisópolis na "geladeira"

Atendendo a pedido dos familiares Doria afastará 32 PMs envolvidos no massacre de Paraisópolis. Agentes cumprirão funções administrativas. Após suas declarações em defesa dos PMs, o governador vem tentando se relocalizar no caso frente a imensa repercussão negativa da ação brutal da PM.

terça-feira 10 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Após elogiar a polícia de São Paulo depois do massacre em Paraisópolis e dizer que os PMs envolvidos seriam "preservados", Doria vem buscando se relocalizar no caso como foram suas últimas declarações alegando estar chocado com o caso e que iria pedir para a PM revisasse seus protocolos. O choque de Doria não se sustenta frente a suas próprias declarações anteriores, como no ano passado em que dizia que a polícia atiraria para matar em sua gestão.

Veja mais: Vídeo: PM agride rapaz de muletas e dá risada um mês antes do massacre em Paraisópolis

O massacre ocorrido em Paraisópolis é apenas a concretização dessa política sanguinária patrocinada por ele. Os dados de letalidade já apontavam o aumento do número de mortes cometidas pela PM.

O afastamento de mais 32 policiais, 6 já haviam sido afastados, atende a um pedido mínimo dos familiares das vítimas, que relataram receio de que os Pms prejudicassem as investigações e até mesmo se envolvessem em casos similares. Os agentes deverão passar a atuar exclusivamente em atividades administrativas até a conclusão das investigações.

Entretanto, nada garante que as investigações conduzidas pelo próprio Estado, seguirão de maneira independente sem interferências e tentativas de abafar o escândalo que as imagens gravadas de policiais cercando e espancando os jovens já causaram.

O assassinato desses jovens não pode passar impune. Exigimos a apuração do caso e que as investigações sejam acompanhadas e fiscalizadas rigorosamente por representantes dos direitos humanos, movimentos sociais e organismos da classe trabalhadora para que os policiais envolvidos não sejam acobertados.

Veja mais: Declaração da Faísca: Justiça para os jovens de Paraisópolis, a juventude tem direito a vida




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