sábado 10 de outubro de 2015 | 18:19
A gaúcha Gisele Santos foi vítima de uma brutal violência de gênero tendo suas mãos decepadas pelo ex-marido que não aceitou o fim do relacionamento. Há quase dois meses, o grupo de mulheres Pão e Rosas teve conhecimento do ocorrido e enviou uma carta de solidariedade à Gisele e repúdio ao ocorrido. O Pão e Rosas também impulsionou uma campanha nos locais de trabalho e estudo em apoio e contra a violência contra as mulheres, pois o caso de Gisele não é isolado e sim uma realidade cotidiana de violência que sofrem as mulheres cotidianamente de diversas formas, sendo o feminicídio o último elo desta cadeia.
No Encontro realizado no final de agosto pelo Pão e Rosas, 400 mulheres e LGBT fizeram um vídeo emocionante para Gisele dizendo que: “Mexeu com uma, mexeu com todas!”.
O Pão e Rosas impulsionou uma política de arrecadação para contribuir na delicada recuperação de Gisele, e depositou o valor de R$ 465 na conta da mãe de Gisele.
Daphnae Helena, metroviária em São Paulo e militante do Pão e Rosas contou ao Esquerda Diário sobre a campanha na Estação Sé, local onde trabalha: “O caso da Gisele sensibilizou muitas trabalhadoras e trabalhadores e a partir deste caso pudemos discutir sobre a opressão e violência contra as mulheres. E que devemos nos organizar e lutar em cada local de trabalho contra qualquer forma de violência contra as mulheres. Ao saber do caso, um metroviário da minha estação me procurou e disse que queria contribuir com a recuperação de Gisele. É tarefa dos sindicatos impulsionarem campanha contra a violência contra as mulheres. Nós do Pão e Rosas estamos participando da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Metroviários para fortalecermos a luta contra os assédios e estupros dentro do metrô contra a negligência da empresa e para unir metroviários e usuários contra esta realidade”.
