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Pandemia na América Latina vai piorar, prevê OMS, consequência da política de Bolsonaro

O diretor coloca que não há respostas mágicas sobre a pandemia que assola todo o mundo e, que toda a demanda ao combate a Covid-19 tem que partir dos governos.

quarta-feira 24 de junho de 2020 | Edição do dia

Michael Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que casos e mortes por Covid-19 devem aumentar nas próximas semanas. Questionado sobre o ápice da pandemia no Brasil, ele respondeu que os picos são difíceis de prever e dependem de ações governamentais: “Não há respostas mágicas”. Ryan declara que, nas próximas semanas, provavelmente haverá aumento nos números de casos e mortes, pois considera a situação da América Latina ainda em evolução, não atingiu seu pico.

Em pesquisa, nesta quarta-feira, foi apontado mais de 1,1 milhão de casos e quase 53 mil mortes por Covid-19 no Brasil. Os números estão entre os maiores do mundo, atrás apenas dos registrados nos Estados Unidos. No que depender da não política de Bolsonaro e da corja de genocidas frente à pandemia, os números de fato irão aumentar; a classe trabalhadora que lide com o problema.

Vale ressaltar que em meio ao debate, o diretor coloca que não há respostas mágicas sobre a pandemia que assola todo o mundo inclusive o Brasil, que toda a demanda ao combate a Covid-19 tem que partir do governo. O que nos causa grande preocupação, afinal de conta, o capacho que preside o Brasil, na máxima, tem que receber ordens diretas para seguir os procedimentos básicos de segurança, como utilizar a máscara, o que deixa bem claro a nós trabalhadores, o descaso desse energúmeno.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro e sua turma vem mostrando o descaso e a continuação do beneficiamento e proteção apenas dos mais favorecidos na sociedade. Deslegitimou a importância de medidas eficazes no combate a Covid-19, isso se expressou quando o mesmo se colocou como "atleta" e caracterizou a pandemia como uma gripe corriqueira, não investindo em testagem massiva na população como outros países nem tão pouco direcionando forças para o sistema de saúde.

Só nesses dois pontos, grita a necessidade de uma saída operária para a crise, pois são os que sabem verdadeiramente o que a população precisa. Sem testagem massiva, sem leitos de UTI, sem equipamentos de proteção individual para os trabalhadores da saúde, respiradores e informação a toda população, que inclusive, uma parte, nem água para lavar as mãos tem em suas casas devido as péssimas condições em questão de saneamento básico de algumas cidades, não será possível combater seriamente a crise pandêmica no país. Bolsonaro e seus governantes, em negrito o patrício do Doria, expressaram em todo o desenvolvimento da pandemia que as suas vontades nunca foram e nunca serão o bem da população. O mesmo Doria gosta de colocar quando vem no seu cinismo expressar que as medidas estão sendo tomadas e vamos vencer essa pandemia, quando na verdade, o que souberam fazer foi nos colocar em uma quarentena irracional para passar um tempo mínimo, em meio à tantas ausências no sistema de saúde, emprego, alimentação e etc e nos colocar novamente nas ruas com as aberturas dos comércios e funcionamento de alguns setores essenciais e não essenciais também.

Bolsonaro, esse negacionista, deixa o Brasil liderar os mais de 100 mil mortos na América latina, tendo apoio dos governantes, empresariado e capitalistas. Doria, que em seu discurso, se colocou por fora das metodologias irracionais de Bolsonaro, começa a colocar suas garras de fora, atacando os trabalhadores em meio à crise, como vimos os ataques aos metroviários, nesta terça-feira, onde foi anunciado cortes no plano de saúde, adicional de risco de vida, além de benefícios alimentícios, farmácia, auxílio e estabilidade em caso de doença entre outros, e expressando o descaso aos professores, jovens e famílias anunciando a reabertura das escolas em 08/09, sem nenhuma segurança contra a Covid-19, ou seja, teremos que seguir o novo normal enquanto Bolsonaro, Dória e toda essa corja seguirão com seus privilégios e beneficiando os capitalistas, deixando bem claro que nossas vidas não importam e sim o andamento de seus negócios.

Frente a declaração de Ryan referente aos próximos dias e a postura de Bolsonaro e Doria, se faz urgente um plano emergencial sério para responder à crise e impedir novos números de mortes e contaminados pelo coronavírus. Os governos precisam urgentemente assegurar testagem massiva para uma racionalização das quarentenas e contenção do contágio, que os profissionais da saúde tenham acesso a todos os EPI’s necessários, produtos de higienização e que sejam realizadas novas contratações. É necessário olhar para saúde e demais serviços essenciais que seguem em funcionamento, sendo indispensável a liberação dos setores que são grupo de risco de seus locais de trabalho, sem perda de salário e direitos, incluir os desempregados e subempregados, que já alcança os 40% de informalidade, se faz urgente não só a manutenção e pagamento, sem atraso, do auxílio emergencial, que nesse sentido deve ser elevado ao valor de 2 mil reais, para de fato suprir todas as necessidades dos trabalhadores.

Para responder à imensa fila por leitos e atendimento médico, é urgente unificar os hospitais, centros de saúde e laboratórios públicos e privados, sem privilégios aos mais ricos enquanto pobres e negros adoecem e morrem mais, como diversas pesquisas o comprovaram nas últimas semanas. Somente um SUS 100% estatal e controlado pelos próprios profissionais da saúde e especialistas pode dar uma resposta a essa crise e que sejam os capitalistas que a criaram que paguem por ela.




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