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Crise histórica | PSOL homologa federação com a REDE, partido financiado pelo Itaú e contra legalização do aborto

Votação realizada pela direção do Partido Socialista e Liberdade (PSOL) aprovou a formação da Federação com a REDE Sustentabilidade, da golpista Marina Silva e de Heloisa Helena, ambas figuras que são contra o aborto. Além disso, o partido possui parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência de Bolsonaro e já foi financiada por uma das donas do Itaú.

terça-feira 19 de abril de 2022 | Edição do dia

A votação ocorreu na tarde desta segunda (18) em reunião da direção do partido, que serviu para referendar algo que já estava decidido. Por 38 votos favoráveis contra 23 votos contrários, a decisão foi feita em comum acordo entre a maioria do PSOL (ligada a Guilherme Boulos) e o MES, grupo de Luciana Genro e Fernanda Melchionna.

Agora, além de possivelmente adentrar um eventual governo Lula-Alckmin, o PSOL definitivamente ajudará a eleger Marina Silva, que apoiou o golpe e medidas neoliberais, entre outros direitosos Brasil afora. O PSOL dobrou à direita e acelerou fundo.

  •  Leia mais: MES ou Resistência: quem é mais funcional à política da maioria do PSOL?

    Essa é uma crise histórica desse partido que nasceu da ruptura de um setor do PT no início do governo Lula após começar a aplicar a agenda burguesa, e agora está seguindo o mesmo caminho que petismo vem fazendo se aliando a Alckmin para administrar o capitalismo e a obra do Golpe Institucional que aplicou ataques mais profundos a classe trabalhadora. A REDE é um partido burguês, sua principal figura, a Marina Silva foi a favor do Golpe e da prisão arbitrária de Lula, seus parlamentares votaram a favor de ataques como a reforma da Previdência fazendo com que os trabalhadores trabalhassem até morrer.

    Crise histórica do PSOL: quais as lições e as perspectivas para a esquerda?

    O PSOL está formando uma federação onde atuará com um programa comum com esse partido durante 4 anos. Um programa comum com figuras que são contra o aborto e a favor que as mulheres sigam morrendo em clínicas clandestinas. Toda essa adaptação e esse giro que abre mão por completo da independência de classe, não terá nenhuma saída favorável para os trabalhadores, pois o que está colocado em meio a essa crise, é com que a burguesia siga querendo passar mais ataques.

    Veja também: 6 anos de golpe institucional

    Nós do Esquerda Diário e do MRT, seguimos fazendo o chamado aos militantes do PSOL que são contra a essa conciliação e capitulação do partido, a romper com o PSOL e ajudem a construir um polo de independência de classes, se apoiando somente nas forças dos trabalhadores aliados com os estudantes e os setores mais oprimidos. É com essa perspectiva que atuamos no Pólo Socialista e Revolucionário, defendendo que esse reagrupamento possa servir para fortalecer cada luta que é sufocada pelas burocracias sindicais e busque levantar um programa, também nas eleições, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

    Leia nosso editorial: 5 pontos para uma política de independência de classe diante da diluição do PSOL com Alckmin e Marina Silva




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