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PSDB E CUNHA | PSDB rompe e Cunha fica isolado

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ficou ainda mais isolado após o anúncio de que seus aliados da direita, o PSDB, romperam e agora defendem que seja investigado.

quinta-feira 12 de novembro de 2015 | 01:52

Se ontem na Câmara já esboçavam que ficaria difícil manter aliança com Cunha devido à fragilidade da autodefesa do Presidente da Câmara sobre as acusações de fraude que estava submetido, hoje a bancada do PSBD lançou uma nota oficializando esse rompimento. Dias antes, o Senador e ex-candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) já havia dado declarações que indicavam esse provável rompimento.

O argumento principal dado pela nota é mesmo expressado desde aquelas declarações de Aécio: “A bancada do PSDB na Câmara considera insuficientes as explicações apresentadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em entrevista no último final de semana, diante da contundência das denúncias e documentos já conhecidos sobre a existência de contas em seu nome e de sua família no exterior”, o que não passa de uma demagogia sem tamanho, pelo fato do PSDB querer se pintar de “bom moço” quando na verdade está envolvido em diversos escândalos de corrupção, inclusive na Lava Jato.

Não obstante, tanto a nota quanto o próprio Aécio em entrevista realizada hoje, afirmam que os representantes do partido no Conselho de Ética da Câmara serão favoráveis a abertura de investigações a respeito das denúncias contra Cunha, posição essa que demarca a ruptura da aliança “cordial”, nas palavras de Aécio, entre PSDB e Cunha pelo impeachment da presidente Dilma.

Isso expressa não apenas que Cunha se consolidou como uma figura incapaz de levar adiante um processo de impeachment contra Dilma, fato que já vinha se configurando através dos acordos “nem eu, nem tu” entre Cunha e o PT, mas principalmente que o mesmo PSDB, que se faz de oposição a favor impeachment de Dilma, está ao lado, como sempre esteve, dos setores da burguesia, como os da industria e os banqueiros, que necessitam de uma estabilidade política para a aplicação dos ajustes e ataques à classe trabalhadora (que vem sendo implementado pelo governo Dilma), e que portanto se colocam contra o agente desgastado e de instabilidade, que é Cunha.

A tendência que vem buscando os empresários e o governo Dilma - de estabilidade politica e aliança dos partidos da ordem para atacar aos trabalhadores - ganha contornos de maior efetividade. Só uma política da classe trabalhadora organizada a partir da luta de classes para barrar estes ataques e com legítimos representantes dos trabalhadores e do povo pobre nas eleições, que lutem para acabar com os privilégios, para que os políticos e altos funcionários do Estado ganhem o mesmo que uma professora da rede estadual, pode fazer que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmos criaram.




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