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PM ASSASSINA | PM de SP mata mais do que os homicidas que ela diz combater

Reportagem exclusiva do SBT, com base em dados do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), mostra que apenas nos dois primeiros meses de 2017, as mortes pelas mãos da Polícia Militar de São Paulo superam o número de homicídios na capital paulista.

sexta-feira 24 de março de 2017 | Edição do dia

Essa semana foi ao ar uma reportagem exclusiva do SBT que mostrou diversos dados e resgatou casos para mostrar uma realidade já conhecida para a maioria da população, principalmente a juventude pobre e negra: a PM de São Paulo é a mais assassina do mundo, matando ainda mais do que os homicidas que a instituição diz combater. Foram 60 assassinatos pelas mãos da PM contra 50 assassinatos civis.

Todas essas mortes são classificadas como "homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial", que nada mais é do que um nome sutil para o anteriormente conhecido como "autos de resistência" , nome que foi alterado quase um ano atrás. A reportagem ainda mostra o que não é uma grande novidade: que a polícia militar cada vez mais mantém sua lógica de "primeiro atira e depois pergunta", e forja cenas e situação completamente irreais para justificar sua sede de sangue negro.

Não há coincidências nos assassinatos. Esse sangue que a polícia escorre pelas ruas tem idade, tem classe e tem cor: é a juventude pobre, negra e trabalhadora a maior vítima das armas policiais. Em apenas 10 exemplos somente de 2016, mostramos aqui nesse diário que é a juventude negra que está sendo assassinada, mostrando o caráter racista da assassina polícia militar.

A tranquilidade da polícia em seguir matando a juventude negra é a certeza da impunidade, já que as polícias e instituições militares possuem uma justiça própria, e são julgados somente entre seus pares. Além disso, há em trâmite um projeto de lei que pretende proibir que os policiais que efetuarem disparos com armas de fogo sejam afastados antes de receber a sentença condenatória. Ou seja, estaria dado o passe livre para o assassinato e seguir em serviço - assassinando ainda mais -, pois esses processos podem levar anos para serem concluídos, além do elemento de serem militares a julgar. Vimos isso acontecer recentemente no caso do menino Ítalo, 10 anos, assassinado pela PM ano passado.

A polícia é uma instituição que nada mais é do que o braço armado do Estado, que seja militar ou civil, existe para cumprir um papel social: garantir cotidianamente a segurança da propriedade e da ordem burguesa, e reprimir sistematicamente os movimentos sociais e políticos da classe trabalhadora. O mais urgente hoje é colocar fim aos juris especiais e que os crimes policiais sejam julgados por juri popular. Mas isso não basta, a juventude negra não pode mais perder a vida nas mãos policias.É preciso colocar fim nessa polícia racista e assassina!




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