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ECONOMIA | PIB cai 0,2% no 1º trimestre influenciado pelo crime da Vale em Brumadinho

Segundo divulgação do IBGE hoje, quinta (30), o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda, em relação aos meses anteriores, de 0,2% no 1º trimestre de 2019.

quinta-feira 30 de maio de 2019 | Edição do dia

Segundo divulgação do IBGE hoje, quinta (30), o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda, em relação aos meses anteriores, de 0,2% no 1º trimestre de 2019. O PIB representa os bens e serviços finais produzidos, em valores monetários, no país em um certo período, para indicar o ritmo da atividade econômica.

Esse resultado apresenta mais uma vez as contradições do governo Bolsonaro de retomada da economia, já que volta a possibilidade de recessão técnica, que é caracterizada por 2 trimestres consecutivos de queda. Desde o último trimestre de 2016, não havia registros de desempenho negativo no PIB. No mesmo trimestre do ano passado, o PIB tinha crescido 0,5%.

Na avaliação do IBGE, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho que matou centenas de pessoas, fauna e flora em MG, foi um dos principais fatores que levaram a essa queda. Isso se deve às consequências do recuo de produção na indústria e no agronegócio, que causou um alerta no setor de mineração.

O setor da Indústria apresentou queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior; o setor da Agropecuária apresentou queda de 0,5%; o setor de Investimentos, queda de 1,7%; o de Exportações, de 1,9%. Enquanto que o setor de Serviços apresentou um ligeiro crescimento de 0,2%; o consumo do governo, crescimento de 0,4%; consumo de famílias, de 0,3%; e Importações, 0,5%.

Dessa queda na Agropecuária, estima-se queda de produção anual de 4,4% na soja e de 10,6% no arroz. E o pequeno crescimento no setor de Serviços se deve ao péssimo desempenho do comércio (queda de 0,1%) e transportes e armazenagem (queda de 0,6%).

O impacto se deu no recuo da indústria extrativa, que foi de 6,3%. Os setores de construção e indústria de transformação apresentam recuos de 2% e 0,5% no trimestre, respectivamente. Por outro lado, os setores de eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão de resíduos representam juntos 1,4% de crescimento.

Na tentativa de estabelecer um pacto com o centrão e o STF, para aprovar a Reforma da Previdência, Bolsonaro está com limitações graves, afinal, sem bases materiais de sinalização de melhora na economia, o governo não terá como sustentar seus projetos. O Ministério da Economia de Paulo Guedes, que previa crescimento na economia para 2019 de 2,5%, abaixou suas expectativas para 1,6%; e economistas do relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, que previa crescimento de 3%, rebaixam para 1,23%.

Para eles, o crescimento da economia depende da aprovação da Reforma da Previdência. Para nós, a juventude e os trabalhadores, isso significa o descarrego da crise em nossas costas. Por isso, neste 30M, precisamos unificar nossas forças na luta contra os ataques de Bolsonaro à educação e a Reforma da Previdência, não podemos aceitar que rifem nosso futuro e a falácia de que a economia só se recupera com a Reforma da Previdência. Isso serve para esconder que mais de R$1 trilhão de impostos são entregues todos os anos aos bancos e empresas estrangeiras na negociação dos juros de uma dívida impagável, a dívida pública. A saída da classe trabalhadora é o não pagamento dessa dívida. Que o suor do trabalho seja pela repartição imediata das horas de trabalho, sem redução do salário, e um plano de obras públicas, para vencer o desemprego e por condições dignas de vida, que é assolada pela crise capitalista.




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