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REFORMAS | Otimista com Bolsonaro, presidente do Bradesco pressiona por reforma da previdência

O banqueiro Octavio de Lazari Junior disse estar otimista com a eleição de Bolsonaro, do novo congresso reacionário e da equipe econômica ultraliberal apontada pelo presidente eleito. Segundo ele, não há dúvida de que o novo governo de extrema-direita vai ter “capacidade política” de aplicar a reforma da previdência e privatizações.

quarta-feira 14 de novembro de 2018 | Edição do dia

Em entrevista ao Estadão, o banqueiro Octavio de Lazari Junior disse estar otimista com a eleição de Bolsonaro, do novo congresso reacionário e da equipe econômica ultraliberal apontada pelo presidente eleito. Segundo ele, não há dúvida de que o novo governo de extrema-direita vai ter “capacidade política” de aplicar a reforma da previdência e privatizações, e que novo congresso “sabe da importância disso”.

Desde o fim do 1° turno de uma eleição brutalmente manipulada, o mercado financeiro, banqueiros e empresários passam a apoiar Bolsonaro como melhor candidato a implementar seus ajustes econômicos contra a previdência dos trabalhadores e as empresas públicas, assim como para aplicar até o fim a reforma trabalhista.

Segundo o presidente do Bradesco, empresários de todo o país já estão animados para incrementar seus lucros intensificando a exploração sobre os trabalhadores brasileiros, assim como o capital estrangeiro está pronto para “investir seus capitais” comprando empresas brasileiras e assim se apoderando dos recursos nacionais que Bolsonaro e Paulo Guedes querem entregar com suas privatizações.
Essa declaração de otimismo tem por objetivo mostrar que os capitalistas consideram a Reforma da Previdência como sua prioridade para lucrar ainda mais. Nesse sentido, pressiona pela aprovação o mais rápido possível da “mãe de todas as reformas” para nos fazer trabalhar até morrer, que vai enfrentar a revolta e resistência de milhões de trabalhadores que votaram contra Bolsonaro, mas também de setores que votaram em Bolsonaro iludidos por seu discurso anti-establishment e não aprovam as reformas anti-operárias que ele vai aplicar de forma mais violenta do que Temer.

A força da classe trabalhadora é a única que pode barrar este principal ataque dos capitalistas e seu novo governo disposto a utilizar métodos repressivos contra a luta dos trabalhadores. Vimos que temos força para barrar os ataques em 28 de Abril de 2017, quando milhões de trabalhadores cruzaram os braços e impediram Temer de aplicar a reforma da previdência.

Para o gigante operário entrar em cena como um sujeito capaz de derrotar a direita e os capitalistas, é preciso que as centrais sindicais como a CUT e a CTB larguem de sua paralisia e promovam assembleias e comitês em cada local de trabalho para colocar os milhões de trabalhadores de suas bases na linha de frente contra os ataques de Bolsonaro, a política de suas direções petistas de apostar numa resistência parlamentar encabeçada por 100 deputados visando 2022 não vai nos levar a outro lugar que não seja a derrota.

Também chamamos a CSP- Conlutas, central da qual nós do MRT fazemos parte, a romper com sua adaptação ao plano das centrais petistas e se juntar à nossa exigência para que as maiores centrais organizem seus trabalhadores, assim como dar o exemplo desde seus sindicatos organizando assembleias e comitês, concretizando uma estratégia de autoorganização na luta de classes. É essencial que todo o campo que se coloca à esquerda do PT, sobretudo o PSOL, não se deixe ir a reboque da política petista de construir uma grande derrota.

É urgente a organização dos trabalhadores para conformar uma frente única operária para, na ação, unificar todas as forças da classe trabalhadora para impedir Bolsonaro de patrolar nossos direitos.




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