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GOVERNO GOLPISTA | Os latifundiários reafirmam seu apoio ao golpe e Temer reafirma que realizará ataques

Temer foi recebido efusivamente no “Global Agribusiness Forum” realizado no dia de hoje na capital paulista. Esta reunião dos maiores latifundiários do mundo, como seu ministro da agricultura Blairo Maggi e as bilionárias empresas de transgênicos como Monsanto e outras.

segunda-feira 4 de julho de 2016 | Edição do dia

No evento foi lido um manifesto em apoio ao governo golpista assinado por 45 entidades patronais, incluindo a CNA que era presidida anos atrás por Kátia Abreu que foi ministra de Dilma. No evento o governador paulista Geraldo Alckmin também prestou homenagem e apoio ao golpista. Temer por sua vez, discursou garantindo que realizará ataques aos direitos dos trabalhadores.

No manifesto, lido em voz alta e entregue em mãos a Temer, as entidades afirmam que a gestão Temer tem "legitimidade constitucional e conta com o comprometimento de uma equipe econômica competente". Uma Constituição interpretada e rasgada pelo Supremo Tribunal Federal a cada dia conforme seus interesses políticos. O manifesto ainda dizia: "Confiamos que a liderança do presidente Michel Temer será capaz de pacificar e unificar todos os brasileiros para que seja possível construirmos um novo amanhã para o nosso país".

Um amanhã que impeça povos indígenas de ter terras demarcadas, que exista qualquer controle ambiental e que nenhum trabalhador alcance a idade de aposentadoria, tudo em nome do país (e seus lucros).

O evento contou ainda com a presença do ministro da Agricultura, Blairo Maggi e dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Pedro Taques (Mato Grosso), além de deputados federais, entre eles Marcos Montes (MG), presidente da Frente Parlamentar pela Agricultura.

Ao discursar, Alckmin manteve o tom bajulador do evento e manifestou publicamente apoio ao governo interino de Michel Temer. "O destino colocou sobre suas mãos o grande desafio de retomar a primavera da democracia, do desenvolvimento e da paz. Conte conosco", disse o tucano. Alckmin, conhecido por ordenar repressão de menores de idade que lutam em defesa da educação é realmente uma notoriedade em “primavera da democracia”.

O presidente golpista Michel Temer disse na manhã desta segunda-feira, 4, que "em determinado momento" o governo irá tomar medidas impopulares e que não teme fazer isso porque não tem pretensão eleitoral e se contenta em "colocar o país nos trilhos. Esta declaração acontece em meio a editoriais de jornais como O Globo no dia de hoje e Estado de São Paulo e Folha em dias anteriores argumentarem que os ataques estão demorando em demasia e medidas como os aumentos dos judiciários são contraditórios com a ênfase em cortes de gastos.

"A partir de um certo momento, tomaremos medidas, digamos assim, impopulares. As pessoas me perguntam se temo propor medidas populares. Digo, não, porque meu objetivo não é eleitoral. Se eu ficar 2 anos e meio, se eu ficar dois anos e meio, e conseguir colocar o Brasil nos trilhos não quero mais nada da vida pública", disse ele em seu discurso na abertura do fórum.

Ao receber o texto impresso, Temer citou a frase em latim "Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem) que abria a carta enviada por ele à presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado, que marcou o afastamento entre o então vice e titular.

"Volto a citar a expressão que usei antes. "Verba volant, scripta manent", As palavras voam, os escritos permanecem", disse ele, afirmando que iria enquadrar e pregar o manifesto na parede.

Em tempos de baixa intensidade da luta de classes, com a CUT e CTB tendo obtido sucesso em sua operação de conter as lutas da classe trabalhadora e aceitar o golpe, os golpistas sentem-se cômodos para realizar estas seções públicas de bajulação mútua. A calmaria do evento contrasta com as ameaças da Lava Jato sob o governo golpista e todo o regime político, bem como com a baixíssima aprovação de Temer que compete somente com os recordes negativos exibidos antes por Dilma.

Com informações da Agência Estado




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