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COMITÊS CONTRA AS REFORMAS E TEMER | Organizar comitês que reúnam milhares: parar o Rio e o Brasil para ocupar Brasília

No Rio como em vários lugares do país os trabalhadores mostraram sua força no dia 28. Passada uma semana as centrais sindicais votaram "ocupar Brasília" mas sem propor uma nova paralisação do país. Para expressar toda nossa força e invadir Brasília precisamos organizar comitês que reunam centenas e milhares em cada local de trabalho e estudo e tomemos em nossa mão os rumos de nossa luta. Podemos parar o Rio e o país e fazer da "Ocupação de Brasília" uma preparação da greve geral até derrubar Temer e todas reformas.

quinta-feira 4 de maio de 2017 | Edição do dia

O Rio de Janeiro enfrenta os sintomas mais sensíveis da crise econômica, política e social pela qual atravessa o país. Estado bastião do PMDB com sua cara mais corrupta na figura de Cabral, Picciani, Pezão e companhia; lugar onde a burguesia também é descaradamente mafiosa, com representantes ilustres desde Eike Batista à família Barata dona dos transportes, todos com seus negócios garantidos a base de muita propina e super exploração dos trabalhadores; funcionários públicos sem salário, empresas publicas entregues à privatização, taxas de desemprego e violência social que assassina os jovens negros em escalada, caos nos serviços públicos etc, expressões da crise em toda parte.

Foi nesse cenário conturbado que os trabalhadores cariocas e de todo o Estado mostraram sua força entrando em cena e parando o Rio de Janeiro junto com os trabalhadores de todo o país no 28 de abril. Foi muito forte, como mostramos neste artigo, e pode ser ainda mais se tomarmos a luta para derrubar todas as reformas e Temer em nossas mãos.

Hoje as centrais se reuniram e propuseram "ocupar Brasília" mas não convocaram uma nova paralisação do país, sem isso é muito difícil ocupar a capital e expressar toda nossa força. Para desenvolver todo o potencial do dia 28 e derrotar todas as reformas, derrotar Temer e Pezão precisamos nos organizar em cada local de trabalho e estudo formando comitês que reunam milhares de trabalhadores e jovens.

Se mesmo sob controle das Centrais Sindicais, que não organizaram como poderiam o importante dia 28, os trabalhadores mostraram com força sua disposição, imaginem se colocássemos em pé comitês de base, onde dezenas, centenas ou milhares de trabalhadores e jovens pudessem discutir e decidir sobre os rumos da luta? Esses comitês em cada local de trabalho e estudo podem organizar ações locais como panfletagens, debates com a comunidade, atividades culturais com temáticas políticas, uma variedade de atividades que sirvam para conscientizar e mobilizar ainda mais gente para lutarmos juntos contra os ataques.

Nesses comitês entendemos que além dessas atividades de mobilização também deve ser discutido os rumos da luta nacionalmente, porque se por um lado é preciso cobrar das Centrais Sindicais um plano de luta consequente para "ocupar Brasília" também precisamos tomar essas medidas de luta como um plano para efetivamente derrubar todas reformas e Temer. Isso passa por fazer que os comitês exijam dos sindicatos e das centrais parar novamente o país nos dias 17 e 18 e que disponibilizem milhares de ônibus em cada estado, para que sejamos milhões de trabalhadores a invadir Brasília.

Essa plano imediato rumo ao ato do dia 18 em Brasília e à semana "Ocupa Brasília" anunciada pela centrais tem que ser parte da preparação de um plano superior, a preparação de uma greve geral até a derrubada das Reformas e de Temer. Para isso os comitês precisam criar uma coordenação da luta pela base e exigir a construção de um encontro nacional de delegados, para que possamos tomar a luta em nossas mãos e unir toda a força dos trabalhadores para preparar uma greve geral necessária até derrubar as reformas e Temer.

Organizar a luta nacional contra Temer e as reformas e a luta contra os ataques de Pezão, Picciani e companhia também exige superar os limites burocráticos dos sindicatos. Aqui no Rio, onde por exemplo, escandalosamente o Sindicato do Asseio da UGT nem sequer chamou uma assembleia de garis, justamente a categoria que deu aula de luta na histórica greve de 2014, ou na CEDAE, onde o Sindicato da CTB chamou assembleia em cima da hora quando já faltava tempo para mobilizar os trabalhadores. Por isso também são necessários comitês nesses locais de trabalho, que seriam fortemente apoiados pela juventude das escolas e Universidades, e assim poderiam cumprir um papel fundamental de garantir a participação dessas categorias e fortalecer as próximas paralisações.

Nas Universidades a proposta de comitês também é muito importante, podendo reunir estudantes e funcionários numa unidade pela base para ir à comunidade ao redor, às fabricas, garagens, estações para ampliar a luta colocando ombro a ombro jovens e trabalhadores. Como na UERJ, no curso de Serviço Social onde nós da Faísca fazemos parte da gestão do Centro Acadêmico e construímos uma mesa de debate sobre os ataques que reuniu mais de 100 pessoas e agora vamos construir um grande encontro com intelectuais, parlamentares em defesa da Universidade e contra os ataques, é possível colocar em curso uma onda de atividades desse tipo nas dezenas de Universidade do Estado, nos ligando aos secundaristas que já aprenderam a lutar ocupando suas escolas e a toda à comunidade ao redor.

Com a confiança na força dos trabalhadores e da juventude em unidade é possível vencer! Por comitês com centenas e milhares em toda parte para tomar a luta em nossas mãos! Paremos o país e exijamos milhares de ônibus para invadir completamente Brasília! Por um plano de luta e encontro nacional com delegados de base para conduzir a luta!




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