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MARIELLE FRANCO | Onda de Fake News sobre Marielle Franco foi obra do MBL

Organização reacionária do MBL replicou várias vezes publicação com falsa acusação de Marielle ter ligação com o crime organizado através das redes sociais.

sexta-feira 23 de março de 2018 | Edição do dia

Imagem: GGN

Um estudo realizado na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) apontou que o MBL ajudou a impulsionar as notícias falsas contra Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro na semana passada. A investigação traçou um caminho das fake news de maior repercussão, e foi apontado que tudo havia começado no site Ceticismo Político, que foi replicado pelo MBL.

Foi mostrado que o esse site ampliou de forma decisiva a repetição das falsas acusações contra Marielle. E até a noite de quinta-feira, o link do Ceticismo Político havia sido compartilhado mais de 360mil vezes no Facebook, ocupando o primeiro lugar entre as publicações que falam do boato de Marielle ter ligação com o tráfico de drogas e o crime organizado.

Logo no dia seguinte ao crime, boatos começaram a se espalhar em grupos de WhatsApp por meio de textos, áudios e memes. Logo em seguida apareceram os primeiros tweets alegando que Marielle tinha um relacionamento com Marcinho VP e à facção Comando Vermelho. Na sequência o site Ceticismo Político publicou um texto que teve papel fundamental na disseminação dessas falsas acusações. O link foi divulgado no Facebook, e na sequência o MBL replicou a mensagem e ampliou ainda mais a repercussão.

O Ceticismo Político é um site administrado por Luciano Henrique Ayan, onde não há fotos dele nem mesmo em seu perfil pessoal de facebook. O MBL afirma que não é ligado a Ayan e nem responsável por administrar o site, e alega não conhecê-lo. Mas interações nas redes sociais entre o grupo e o responsável do site mostra que existe uma a proximidade de ambos. Horas depois do site fazer a publicação das acusações, o MBL replicou a publicação com o comentário igual ao da publicação original.

Antes de ser apagada, a publicação com as falsas acusações havia alcançado 33 mil compartilhamentos graças ao impulsionamento feito pela a organização reacionária do MBL, em querer difamar a imagem de Marielle, uma militante de esquerda, mulher negra, bissexual e favelada, que foi morta para calarem sua voz ao fazer denúncias da repressão e dos abusos realizados pelos militares na intervenção federal no RJ.




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