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OPERAÇÃO ACRÔNIMO | OAS é investigada por corrupção na campanha eleitoral de Fenando Pimentel

A nova fase da Operação Acrônimo investiga repasses de dinheiro na campanha do governador de MG, Fernando Pimentel (PT). Mudam os nomes, mas as práticas são as mesmas: lavagem de dinheiro e corrupção entre políticos e empresas em repasses ilegais de dinheiro no período eleitoral.

sexta-feira 23 de setembro de 2016 | Edição do dia

A Operação Acrônimo, assim como outras da Polícia Federal, investiga lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral. O que deu início à Operação, em 2015, foi a apreensão de R$ 113 mil em um jatinho tripulado com pessoas ligadas a serviços gráficos e de comunicação da campanha de Fernando Pimentel. Também foram apreendidos documentos em um apartamento da primeira-dama do estado, Carolina de Oliveira, em Brasília.

No último dia 15, a PF indiciou o Fernando Pimentel por ter beneficiado a Odebrecht na liberação de financiamentos do BNDES. Também é investigado se houve pagamento de propina ao governador, em troca de facilidades como essa.

Na manhã desta sexta (23), o Secretário da Casa Civil de MG, Marco Antônio Teixeira, foi alvo de condução coercitiva pela PF. Além dele, Paulo de Moura Ramos, presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), também foi conduzido para prestar depoimento. Eles foram sócios na empresa MOP Consultoria, também investigada na Operação. Além da MOP, a PF investiga OPR Consultoria e pessoas ligadas à empresa.

Ramilton Machado, diretor da OAS, é outro alvo da ação da PF nesta manhã. Foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da empresa em Brasília. A empreiteira é uma das mais citadas na Lava-Jato. Inclusive Léo Pinheiro, ex-executivo da empresa, está preso em Curitiba (PR) acusado de obstruir as investigações.

Segundo as investigações, a empresa doou R$ 3 milhões em espécie para a campanha do governador Fernando Pimentel, em 2014. Os valores teriam sido pagos na sede da MOP em Belo Horizonte. Como recompensa, Pimentel ajudou a OAS em contrato para construção de um gasoduto no Uruguai.

Algumas das denúncias são de Benedito Oliveira, que foi preso no início da Operação Acrônimo, em 2015. Ele era um dos passageiros do jatinho que levava os R$113 mil. Para livrar a própria pele, o empresário fez acordo com a justiça. Os acusados negam seu envolvimento nos esquemas, e a OAS, depois de tantas investigações contra, prefere nem se manifestar.

Mais uma Operação da Polícia Federal que traz à tona os grandes esquemas por trás das campanhas eleitorais país à fora. A OAS, assim como a Odebrecht, estão entre as maiores financiadoras de campanhas eleitorais do país, e também ganharam licitações para construir diversos empreendimentos superfaturados de governos estaduais e do governo federal. As diferentes investigações de corrupção se cruzam, se repetem as empresas e os partidos, e demonstram o quanto a política dos capitalistas é sustentada e necessita da corrupção e do desvio de dinheiro público. Enriquecem empresários e políticos já bastante privilegiados, e quem paga a conta é a classe trabalhadora.




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