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MOVIMENTO OPERÁRIO ARGENTINA | O sindicalismo combativo e a esquerda cortam importante via de acesso à Buenos Aires

quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia

O 6A, dia de paralisação nacional na Argentina chamado pela central sindical CGT hoje, começou forte no país, com uma enorme quantidade de categorias de trabalhadores aderindo e paralisando seus trabalhos contra o presidente Macri. Em especial o sindicalismo combativo e a esquerda participam ativamente neste dia de paralisação. Na Zona Norte da Capital Buenos Aires são trabalhadores das agrupações classistas das alimentícias Mondelez, PepsiCo e Kraft; professores de Suteba Tigre, Matanza, La Plata; Trabalhadores aeronáuticos; telefônicos; pneumáticos; petroleiros da Shell; estatais; gráficos da Madygraf sob controle operário; trabalhadores saboeiros da Alicorp; do metrô; da UTA; metalúrgicos da Siderca e de outras fábricas quem realizam neste momento um importante corte da autopista Panamericana em ambos os sentidos (uma das mais importantes vias de acesso a Buenos Aires).

O corte enfrenta forte operativo policial e ameaças de repressão da Gendarmeria (polícia do exército Argentino) a mando do governo Macri.

Acompanham os trabalhadores jovens estudantes universitários e terciários da região. Também estão presentes as organizações de esquerda, como o PTS, da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT em espanhol), Izquierda Socialista, o Patido Obrero e outras como o MST.

Eles exigem negociações salarias livres da interferência do Ministério do Trabalho, o fim das demissões e que o governo termine com o ajuste contra o povo trabalhador.

Como denunciaram ontem Nicolás Del Caño e Myriam Bregman, duas das principais referências da esquerda combativa Argentina, ambos do PTS (partido irmão do MRT na Argentina), o governo Macri é “responsável por qualquer feito de violência (contra a paralisação e os cortes de rua)”

No momento as ameaças seguem crescendo.

Se encontram presentes no corte, acompanhando aos trabalhadores, Nicolás Del Caño e Christian Castillo, dirigentes do PTS na Frente de Esquerda.

Assim como no Brasil com o governo Temer, os trabalhadores Argentinos estão sendo levados a luta pela grande insatisfação frente aos ataques do governo Macri a suas condições de trabalho e vida. Também da mesma forma que no Brasil os dirigentes dos grandes sindicatos, como a CGT argentina e a CUT brasileira, chamam paralisações gerais como hoje no país vizinho e como a do dia 28 de Abril que está sendo convocada no Brasil. Mas, ao mesmo tempo que falam isso não mobilizam os trabalhadores e a juventude para organizarem um plano de lutas que permita a participação ativa e combativa de toda a classe trabalhadora a partir de seus locais de trabalho e estudo para que a luta fique controlada por eles e não saia dos limites de seus interesses.

Por isso, para o Esquerda Diário, na cobertura do 6A argentino, é muito importante expressar as ações do sindicalismo combativo e da esquerda Argentina, como o PTS e a FIT (Frente de Esquerda e dos Trabalhadores).

Achamos que temos de fazer o mesmo no próximo dia 28 de Abril no Brasil e chamamos a esquerda para buscarmos coordenar as ações de luta em todo o Brasil e dar um exemplo de como lutar contra os ataques de Temer superando o freio da burocracia sindical e seu interesse em fazer a luta dos trabalhadores servir para as eleições e para a candidatura de Lula em 2018, que não pode ser uma saída verdadeira para a classe trabalhadora brasileira, pois tem como estratégia submeter os trabalhadores às conciliações com a mesma direita e aos empresários que querem reformas que atacam nossas condições de vida.




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