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ELEIÇÕES RIO DE JANEIRO | O que une Índio da Costa e Crivella?

O ex-candidato a prefeitura do Rio de Janeiro, Índio da Costa do PSD depois de votar a favor da PEC 241 juntou-se a outro parceiro de ataques aos trabalhadores, Crivella, declarando seu apoio e parceria no governo.

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

quinta-feira 13 de outubro de 2016 | Edição do dia

Depois de ácidos ataques no primeiro turno quando se acusaram mutuamente de corrupção, Crivella e Índio da Costa firmaram uma aliança na tarde de quarta-feira no Rio de Janeiro. Eles tem, apesar das aparências muito em comum.

Índio da Costa tenta se mostrar moderninho. Todas suas propostas nos debates de televisão incluíam criar algum aplicativo para os moradores opinarem, se informarem.

Já Crivella parece o retrógrado na política. Senador por muitos anos, eterno candidato a tudo no Rio de Janeiro, toma as vestes de situação e oposição conforme mudam os ventos. Às vezes até com uma violência daqueles ventos sul-sudoeste, como reservou a Índio da Costa nos debates, lhe dedicando até musiquinhas sobre corrupção.

No meio do dia das crianças, todo um símbolo, trocaram afagos. E, presentes, em forma de promessas de cargos ao PSD caso Crivella vença.

O PRB de Crivella e o PSD de Índio da Costa, e o próprio Índio votaram todos a favor da PEC 241 que vai subtrair bilhões da saúde e da educação. Nada mais natural que no dia das crianças estes bons "cuidadores das pessoas" se unam.

Além disso Índio e Crivella tem mais coisas em comum. Troca de cargos e favores. A ciência e o jornalismo político chamam isso de "fisiologismo". Você que não entende a palavra pode substitui-la por parasitismo. Sugam benefícios, cargos, nomeações para seguir seus projetos de enriquecimento pessoal, favorecer seus partidos-máquina de corrupção e porta-vozes de interesses dos ricos. Como a PEC 241 que deixa intactos os supersalários de deputados, senadores, juízes mas corta do SUS, da creche, da escola.

Isso os une. As divergências dos debates de TV são parte de um showzinho. Pouco os machuca. Sabem que interesses pessoais e de favores aos empresários os unem.

Derrotar esses velhos poderosos vai muito além de um voto, exige uma força militante e um programa que se enfrente com os empresários e os privilégios dos políticos, como buscamos fazer em nossa campanha para a Câmara de Vereadores. Lutando juntos para que todo político ganhe igual a uma professora e por impostos progressivos as grandes fortunas. Assim poderemos fazer do Rio de Janeiro uma alavanca para a luta nacional contra a PEC 241, e todos ataques de Temer, mas também Crivella, Índio da Costa e tantos políticos a serviço dos empresários.




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