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REFORMA TRABALHISTA | O ódio de Rodrigo Maia contra os trabalhadores: nossos direitos atrapalham os patrões

Para Maia, os trabalhadores brasileiros podem se esfolar e morrer de fome, que outros virão no lugar dos caídos. Não importam nossas vidas. As leis de proteção mínima ao trabalho, já escassas, devem desaparecer para este homem que nunca trabalhou e que representa uma corja ínfima da sociedade que parasita o nosso suor.

quarta-feira 5 de julho de 2017 | Edição do dia

Especula-se que o relator da denúncia de Janot contra Temer na Câmara, Sérgio Zveiter, é próximo de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e primeiro sucessor caso Temer seja retirado do cargo.

O governo golpista tem várias peças e agentes, e por mais alquebrado que esteja, mantém um interesse comum com todos os partidos tradicionais dos empresários: aplicar as reformas anti-operárias goela abaixo da população. Arrancar a pele dos direitos trabalhistas e previdenciários, desfigurá-los, para aumentar os lucros dos capitalistas com nossas demissões e sofrimentos.

Interessante saber o que Rodrigo Maia, do DEM, pensa das leis trabalhistas.

Em março deste ano, Maia criticou os escassos aspectos progressistas da CLT como "antiquados". Acariciando o ego da patronal de norte a sul, Maia, ao criticar a legislação trabalhista vigente que segundo ele, "gerou desemprego e insegurança para os empregadores", também disse que os juízes do Trabalho vêm tomando decisões "irresponsáveis".

Segundo o presidente da Câmara à época, tais decisões "quebraram", por exemplo, "o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro" e, em sua opinião, a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir". Declarou em março deste ano que:

"Vamos votar a modernização das leis trabalhistas propostas pelo governo e achamos que a proposta do governo é tímida, apesar de o governo tentar nos convencer a votar o texto que veio do governo, eu acho que não, acho que precisamos avançar. Acho que há um consenso da sociedade que esse processo de proteção [do trabalhador] gerou desemprego, gerou insegurança e dificuldades pros empregos brasileiros. Acho que precisamos ter a coragem de dizer isso", defendeu Maia.

"O excesso de regras no mercado de trabalho não gerou nada no Brasil e os juízes tomando decisões das mais irresponsáveis, quebraram o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro. O setor de serviço e de alimentação quebrou pela irresponsabilidade da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. [...] Foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem existir", complementou.

Para Maia, os trabalhadores brasileiros podem se esfolar e morrer de fome, que outros virão no lugar dos caídos. Não importam nossas vidas. As leis de proteção mínima ao trabalho, já escassas, devem desaparecer para este homem que nunca trabalhou e que representa uma corja ínfima da sociedade que parasita o nosso suor.

Diga-se de passagem que não se sabe a que "Justiça do Trabalho" inimiga dos patrões o cínico presidente da Câmara se refere. Basta dizer que o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) é ninguém menos que o obscurantista Ives Gandra Martins, um inimigo jurado dos direitos da classe trabalhadora e defensor público da terceirização generalizada do trabalho.

O próprio STF, através dos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, apressaram o que puderam da reforma trabalhista na Justiça, antes que pudesse chegar no Congresso, adiantando precedentes que impedem diversas categorias do serviço público a fazerem greve.

Estas disputas não podem trazer nada de vantajoso aos trabalhadores. Cada agente de poder busca mostrar melhor serviço à patronal brasileira e estrangeira, inventando lendas e mitos os mais espantosos sobre um suposto "privilégio indevido" dos trabalhadores brasileiros. Uma mentira desavergonhada, desmentida até mesmo pelos organismos mundiais do imperialismo.

Além de 13 milhões de trabalhadores amargarem a situação da terceirização e da rotatividade do trabalho no Brasil - situação construída pelos governos do PT e aprofundada por Temer - pesquisas mostram que o salário médio dos brasileiros se tornou menor que os da China: de 2005 a 2016, o salário médio de um trabalhador industrial chinês montou 3,6 dólares a hora, enquanto o salário brasileiro, nas mesmas condições, é de 2,7 dólares a hora. Os salários chineses são maiores do que os de todos os países da América Latina, exceto o Chile.

Os únicos privilegiados são os próprios congressistas e juízes, que recebem fortunas e inúmeras mordomias para viverem e legislarem para os capitalistas. De fato, o Congresso brasileiro é um dos mais caros do mundo, e nosso judiciário é o mais rico da terra: consome 1,3% do PIB nacional. Tudo para votar ajustes contra nós trabalhadores e jovens.




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