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ESTADOS UNIDOS | Crescimento do PIB do segundo trimestre foi revisado para cima

A economia norte-americana cresceu a um ritmo maior do que o estimado inicialmente no segundo semestre. Houve forte recuperação da Bolsa e rumores de que não haveria aumento das taxas de juros este ano.

sábado 29 de agosto de 2015 | 00:10

A economia dos Estados Unidos cresceu a um ritmo mais veloz do que o estimado inicialmente no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu a uma taxa anual de 3,7% no lugar dos 2,3% reportado no mês passado, disse nesta quinta, o Departamento de Comércio em sua segunda estimativa do PIB para o período de abril a junho.

O informe do PIB, que foi publicado após uma onda de vendas nos mercados de bolsas globais no começo da semana, junto com as expectativas de um atraso do aumento das taxas de juros no EUA, puxaram a forte alta da Bolsa de Nova York. A média industrial Dow Jones registrou seu maior avanço em dois dias desde 2008, e os índices S&P 500 e Nasdaq Composite mostraram seu maior avanço desde 2009.

Ainda que essas quedas e posteriores elevações abruptas costumem indicar limitação de lucros e alta instabilidade, o economista-chefe da Mesirow Financial, em Chicago, Diane Swonk, não se privou de refletir que "a economia dos Estados Unidos entrou na atual turbulência dos mercados com força, que a ajudará a desfazer-se do lastro/ da dependência da China e de outras economias em desenvolvimento".

As preocupações quanto à desaceleração econômica na China fizeram com que os mercados bursáteis globais desabassem na semana passada, aumentando as dúvidas de se o Banco Central estadunidense subirá suas taxas de juros a curto prazo no próximo mês. Desde então, os mercados têm se recuperado de suas enormes perdas.

Na quarta-feira, o presidente da Fed de Nova York, Willian Dudley, disse criticamente que a perspectiva para uma "decolagem" em setembro "me parece menos imperiosa que há poucas semanas". O anúncio foi um dos elementos centrais que reverteu o desgaste do mercado de valores.

Ao mesmo tempo em que se recuperavam as ações, os preços dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos caíam, e o dólar se valorizava frente a outras moedas.

Em uma sintonia um tanto quanto distinta à de Dudley, Stuart Hoffman, economista-chefe da PNC Financial Services em Pittsburgh, comentou que "o FED certamente poderia esperar até mais adiante este ano, citando a recente agitação dos mercados, mas os fundamentos econômicos também justificariam um pequeno aumento de taxas em setembro".

Economistas consultados em uma sondagem da Reuters projetavam que o crescimento do PIB no segundo trimestre seria revisado novamente para baixo, chegando a uma taxa de 3,2%. A economia estadunidense cresceu a um ritmo de 0,6% no primeiro trimestre.

A produção se expandiu a uma taxa de 2,2% na primeira metade do ano, que se compara a um crescimento de 1,9% no mesmo período de 2014.

Demanda Interna

O gasto do consumidor, que corresponde a mais de dois terços da atividade econômica nos Estados Unidos, cresceu a uma taxa de 3,1% no lugar dos 2,9% informados no mês passado.

O mercado de trabalho, a gasolina mais barata e os preços de moradia relativamente mais altos haviam sustentado o gasto do consumidor.

Além disso, o déficit comercial foi menor do que o informado previamente e agregou 0,23 pontos percentuais ao crescimento do PIB.

O informe do PIB também mostrou uma recuperação dos lucros corporativos, apesar dos impostos, porém a fortaleza do dólar e os preços mais baixos do petróleo continuam se mostrando como limitantes.

Em outro informe, o Departamento do Trabalho disse que as solicitações de subsídios por desemprego baixaram em 6.000, em comparação ao mesmo período do ano anterior, na semana que terminou em 22 de Agosto.

Foi a vigésima quinta semana em que os pedidos permaneceram abaixo do patamar de 300.000.

Em um terceiro informe, a Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR, pela sigla em inglês) disse que seu índice de vendas pendentes de casas, baseado em contratos firmados no mês passado, subiu 0,5% em Julho, a 110,9, mas menos que o avanço de 1% projetado por economistas consultados em uma sondagem de Reuters.




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