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DECLARAÇÃO | O afastamento de Renan da presidência é uma disputa dos poderes para conduzir os ataques

Reproduzimos abaixo declaração de Diana Assunção, editora do Esquerda Diário.

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

segunda-feira 5 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Renan é afastado por liminar do STF, uma disputa dos poderes para conduzir os ataques

Renan é dono de extensa ficha corrida, seus processos no STF corriam em “paz” desde 2013. Recentemente aceleraram seu julgamento, tornando-o réu e agora através de liminar do ministro Marco Aurélio de Mello ele é retirado provisoriamente da presidência do Senado até que o plenário do STF ratifique essa decisão.

Essa decisão do STF afastando da presidência do Senado desta podre figura do regime político não afeta em nada seus privilégios, mantendo-o como senador e influente liderança do PMDB que é. A decisão ocorre no dia seguinte aos fracos atos da direita em apoio ao judiciário, que tiveram sua força multiplicada pela mídia, e nas vésperas de votação das medidas de “abuso de autoridade” que ele promoveria no Senado.

Trata-se de uma disputa entre políticos buscando sua impunidade utilizando-se de demagogia de combate ao abuso do judiciário, e por outro lado um judiciário que é arbitrário, seletivo e se enriquecesse nas operações ditas de combate à corrupção procurando aumentar seus superpoderes com suas “Dez Medidas de Combate à corrupção”. Curiosamente o STF volta a tomar uma medida com apelo popular, tal como a descriminalização do aborto em dia de votação da PEC 55 em meio a forte repressão e hoje um dia conturbado de ataques aos trabalhadores com Temer anunciando sua reforma da Previdência.

Em meio as disputas dos poderes os trabalhadores precisam erguer uma voz própria, não apoiar lados que não estão nem aí para o combate a corrupção ou aos abusos do judiciário, precisamos impor com a força da mobilização uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que garanta que todos cargos políticos de juízes a senadores sejam eleitos e revogáveis, ganhem como uma professora, o confisco dos bens de corruptos e seu julgamento por júri popular. Para impormos uma Nova Constituinte é necessário em primeiro lugar que a CUT e CTB deem um basta a sua trégua a Temer, ao STF e ao Congresso que seguem aprovando ataques dia atrás dia mesmo com tanta crise política no país. É preciso um verdadeiro plano de luta e não medidas isoladas, é preciso organizar assembleias e mobilizações nos locais de trabalho para que os trabalhadores tomem em suas mãos o combate a PEC 55, à reforma da previdência e para dar uma saída própria nessa crise política.




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