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CHINA | O FMI aprova a entrada do yuan chinês em sua cesta de moedas de reserva

Ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI) incorporou o Yuan chinês à sua cesta de moedas de reserva conhecida como Direitos Especiais de Giro (DEG). Para a China a entrada de sua moeda representa uma vitória moral, pois o país há muito vinha buscando sua inclusão no seleto clube de divisas de referência mundial.

terça-feira 1º de dezembro de 2015 | 23:19

Nesta segunda-feira (30), o comitê executivo do FMI aprovou a inclusão da moeda chinesa à sua cesta de divisa de referência. A decisão do órgão mundial foi recebida pelos analistas como um triunfo para a China, uma vez que a moeda chinesa passa a ser parte de um “grupo seleto das potências econômicas” que compõe a cesta de moedas do FMI, também conhecida como Direitos Especiais de Giro (SDR, em sua sigla em inglês).

A inclusão entrará em vigor no dia 1º de outubro de 2016, quando o Yuan fará companhia ao dólar americano, ao euro, ao iene japonês e a libra esterlina.

Para “atender” aos critérios e conquistar a aprovação do FMI, Pequim já vinha implementando um plano de reformas que incluía melhorar o acesso aos mercados de cambiais chineses aos estrangeiros (abertura dos mercados), emissão mais frequente de dívida e ampliar as transações com a moeda chinesa.

Os rearranjos da cesta de moedas do FMI

Desde 2010, a ponderação das diferentes moedas é de 41,9%, para o dólar; 37,4%, para o euro; 11,3%, para a libra esterlina; e 9,4%, para o iene.

O FMI realiza suas operações através dos chamados direitos especiais de giro que funcionam como uma “moeda própria”, cujo valor está determinado por um grupo de moedas do qual o Yuan passa a fazer parte. Sob as novas ponderações, o euro sofrerá uma queda, saindo dos 37,4% de participação para 30,93%. A libra e o iene também terão um peso menor, enquanto o dólar manter-se-á quase inalterado.

Trata-se de uma medida simbólica

A inclusão da moeda chinesa foi considerada pelos analistas como uma medida em grande parte simbólica, com poucas implicações imediatas para os mercados financeiros (já que entra em vigor em Outubro de 2016). Mas é a primeira vez que uma moeda extra é adicionada a cesta de Direitos Especiais de Giro, gerando uma maior mudança em sua composição em 35 anos, fazendo até o euro retroceder.

Aparentemente, apesar das disputas geopolíticas e de parcerias comerciais entre Estados Unidos e China, que já protagonizaram vários capítulos, a aceitação ainda que simbólica da moeda chinesa como parte do DEG, dá à segunda economia do mundo um lugar dentro de um grupo reservado das potencias econômicas.

Tradução para o português: Cassius Vinicius J.




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