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VOZES NA JANELA CONTRA BOLSONARO | Novos “janelaços” contra Bolsonaro são convocados para esta quarta (18)

O descontentamento com as medidas ineficientes e insuficientes do Governo Bolsonaro frente à crise do Coronavírus se expressou nesta semana com os "janelaços" contra o presidente. Hoje, novas manifestações do tipo estão sendo convocadas em todo o país pelas redes sociais.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

Após a demonstração espontânea em alguns bairros de capitais como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre dos “Janelaços” contra Bolsonaro, está sendo convocado mais uma vez pelas redes sociais uma ação para hoje (quarta, 18), às 20h30.

Desde sexta-feira (13), vêm sendo convocados o que está sendo chamado de “Vozes da janela contra Bolsonaro”. Ontem, a expressão espontânea de descontentamento com o Governo de Bolsonaro foi mais forte e, junto com o avanço da crise na saúde, reforçou as convocações que já estavam sendo feitas para hoje.

Os “janelaços” são uma das expressões de setores da população que claramente estão descontentes com a maneira que o governo Bolsonaro vem lidando com a crise do Coronavírus, e com seus resultados na economia, na saúde, e na vida de milhões de trabalhadores e da população pobre.

Até agora a maior parte das medidas do governo veio no sentido de “socorrer a economia” e garantir que as empresas e os capitalistas não paguem pela crise que se desenvolve no Brasil e ao redor do globo.

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Frente a essa crise, o Esquerda Diário vem levantando medidas de um plano de emergência necessário para evitar consequências extremamente desastrosas com a chegada cada vez mais forte do Coronavírus ao país. Isso porque essa crise não pode ser paga por aqueles que já vem sofrendo as consequências da crise econômica desde o golpe institucional de 2016, com ajustes ficais que recaem nas costas dos jovens e trabalhadores de todo o país.

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É necessário, em primeira linha, a testagem massiva para o vírus, para todos que queiram, e achem que estão demonstrando sintomas. O governo vem impedindo a testagem em maior número, o que dificulta a identificação de todos os casos, e colabora com a disseminação do Coronavírus, por falta de diagnóstico dos contaminados, que podem passar a ser transmissores, sem nem saber. Assintomáticos (aqueles que não demonstram sintomas), mas que tenham o vírus, também podem ser transmissores. Por isso é necessário termos centros de testagem espalhados nos bairros nas cidades de todo o país, para termos uma identificação massiva de todos os casos, e tomar medidas mais claras contra a disseminação do vírus.

Junto a isso, uma das medidas mais fundamentais é a garantia de leitos para todos os casos graves. Atualmente o SUS não comporta, em seus leitos de UTI, uma alta demanda de casos, que tende a aumentar e ultrapassar as capacidades do sistema público. Mesmo com medidas sendo tomadas em alguns estados para aumentar leitos, como em SP, ainda não é suficiente.
É necessário reabrir todos os leitos e hospitais públicos que estiverem fechados e estatizar todos os leitos de UTI dos hospitais privados, sob controle dos trabalhadores da saúde, para que possam organizar e administrar as necessidades da população. Assim a estrutura pública e privada será colocada, de forma gratuita, a serviço do interesse da população e da garantia de cuidados dos casos mais graves que se desenvolverem.

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Hoje também temos um grave problema nas capacidades do sistema público de saúde, que é a falta de funcionários para atender a crescente demanda. Sem a crise do Coronavírus as filas em hospitais já faziam parte da realidade dos trabalhadores e da população pobre, e agora tendem a piorar se medidas concretas não forem tomadas.

São os trabalhadores e trabalhadoras da saúde que estão salvando vidas hoje, não os empresários e banqueiros que receberam incentivos bilionários do governo na última semana. Com a falta de pessoal, trabalham turnos exaustivos, sacrificando suas condições de vida para garantia da saúde da população. Por isso é urgente a contratação imediata de todos os profissionais da saúde, tanto os terceirizados, quanto todos e todas que hoje se encontram desempregados, reforçando os quadros de funcionários para atender a crescente demanda. Junto com isso, fortalecer a capacitação daqueles estudantes que hoje estão em treinamento, para que possam também atuar frente a este cenário.

Estas três medidas levantadas acima são medidas elementares, e extremamente necessárias para enfrentarmos essa crise. São nelas que deveria se concentrar a liberação de verbas federais, estaduais e municipais, para garantir a segurança da população, e não a segurança das empresas. Levantamos também, aqui, outras 6 medidas para se somar a essas três, como parte de um plano de emergência para esta crise.




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