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Novo presidente do INSS pretende sucatear ainda mais o trabalho e o serviço ao trabalhador

Leonardo Rolim, o novo presidente do INSS, defende que não há necessidade de contratação de funcionários efetivos para órgão, pelo contrário, quer flexibilizar contratos, precarizando o trabalho e consequentemente o atendimento dos trabalhadores que precisam de assistência.

sexta-feira 31 de janeiro de 2020 | Edição do dia

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social assumiu o cargo nesta terça-feira, após o governo Bolsonaro demitir Renato Vieira. Em julho do ano passado, a equipe do então presidente havia mapeado a necessidade de contratação de mais de 13,5 mil funcionários para cuidar da análise de dados de novos pedidos.

Atualmente, segundo o próprio INSS, há quase dois milhões de benefícios à espera de concessão de aposentadorias, salários-maternidade e Benefícios de Prestação Continuada (BPC/Loas).

Diante de flagrante crise o discurso do novo presidente, muito alinhado com Guedes e a gana do governo Bolsonaro em fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, vai na contramão de sua efetiva resolução, que seria na contratação e valorização de funcionários para dar vazão a demanda no atendimento à população.

Volta a tona o mesmo falso discurso da necessidade de "modernização" empregado para passar a reforma trabalhista, da previdência e agora a reforma administrativa que está focada em precarizar o trabalho do servidor público e piorar ainda mais o serviço à população.

Como evidência disso, no INSS a política de Bolsonaro foi promover um pente-fino nos benefícios, inclusive pagando bônus aos servidores por produtividade. A medida levou a um recorde dos pedidos negados, mostrando que a intenção do governo era justamente cortar e restringir a assistência da população.

Frente a crise da longa fila de espera, a solução do governo foi convocar militares da reserva para atuar no órgão. Militares sem as qualificações e especializações requeridas para o atendimento. A militarização é a resposta do governo para todos os problemas que o acomete.

As afirmações do novo presidente deixam claro que a troca no cargo não teve o intuito de reverter a perversa política anterior que resultou nessa crise das filas, pelo contrário, seu intuito é aprofundar as medidas anteriores, cobrando do defasado quadro de funcionários atual que dê conta do trabalho.




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