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Novamente se levanta a juventude negra na África do Sul pelo direito à educação

segunda-feira 10 de outubro de 2016 | Edição do dia

Estudantes de Johannesburgo, na África do Sul, protestavam exigindo educação gratuita nesta segunda-feira (10) na Universidade de Witwatersand (Wits). A polícia sul-africana atuou junto à reitoria da universidade na repressão aos estudantes, que exigem o direito de educação à maioria negra no país e há meses protagonizam imensos protestos, que levaram à derrubada da estátua de Cecil Rhodes, magnata imperial britânico durante o período colonial.

Os manifestantes atiraram pedras contra seguranças particulares que portavam escudos de proteção, enquanto a polícia disparava balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão no campus de Joanesburgo.

Semanas de manifestações contra o custo da educação universitária, que é proibitivo para muitos alunos negros, vêm enfatizando a frustração com as desigualdades que persistem mais de duas décadas após o fim do apartheid.

Os protestos irromperam em todo o país após o governo do presidente Jacob Zuma ter dito que continuaria subsidiando o custo da educação universitária para os estudantes mais pobres, mas que não poderia conceder educação gratuita para todos

Uma porta-voz da universidade informou mais cedo que a Wits havia reaberto. Em um comunicado subsequente, a Wits disse: "A maioria das aulas foram retomadas nesta manhã, mas voltaram a ser interrompidas por grandes grupos de manifestantes".

"Exortamos os estudantes e os funcionários a retomarem as aulas nesta semana, mesmo que haja interrupções."

A rede de televisão eNCA noticiou que houve confrontos entre estudantes e a polícia na Universidade do Estado Livre de Bloemfontein, 400 km ao sul de Joanesburgo.

O levante, com fluxo e refluxos, do movimento estudantil sul-africano é um emblema das lutas de juventude no mundo.




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