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LAVA JATO | Nova etapa da Lava Jato mira na máfia dos transportes do Rio

Nesta segunda feira (3), a Polícia Federal deflagou mais uma fase da operação Lava-Jato, no Rio de Janeiro. A ação tem como alvo a máfia dos transportes do Rio e investiga o pagamento de R$ 200 milhões de propina a políticos e integrantes de órgãos fiscalizadores do setor.

segunda-feira 3 de julho de 2017 | Edição do dia

Esta fase da operação vem após as delações de Jonas Lopes, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e do doleiro Álvaro Novis, mas a população que sofre com o transporte lotado e sem ar condicionado todos os dias já tem conhecimento da existência da máfia do transportes no Rio há muito tempo.

A deflagração da ação foi antecipada em razão da prisão do empresário Jacob Barata Filho, ocorrida na noite deste domingo (2). Jacob Barata Filho é herdeiro do empresário conhecido no Rio de Janeiro como o "Rei dos Ônibus", e, após receber um ofício recebido de seu banco determinando a quebra de seu sigilo bancário, segundo a polícia, desconfiou que seria preso e já estava no Aeroporto Galeão se preparando para embarcar para Portugal com passagem apenas de ida.

Ao todo, a PF expediu oito mandados de prisão. Entre eles está o de Lélis Teixeira [foto], presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), que junto a prefeitura de Marcelo Crivella (PRB) atacam a juventude e a classe trabalhadora e recentemente bloquearam o bilhete único universitário, um direito da população e único meio de locomoção para uma grande fatia da juventude.

O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), Rogério Onofre, foi preso em Florianópolis, no início da manhã, sob suspeita de receber cerca de R$ 40 milhões em propina. O ex-diretor da empresa havia sido nomeado em 2007 pelo então governador Sérgio Cabral para fiscalizar o transporte no Rio.

Não é de hoje que sabemos que existe uma máfia do transporte, tanto no Rio quanto nas demais cidades, que só se formou com a conivência dos governos, que recebem propina e permitem que os empresários lucrem milhões enquanto a população que utiliza o transporte público sofre com as condições precárias dos ônibus lotados. Por isso defendemos um transporte gratuito e de qualidade para toda a população, através da estatização dos meios de transporte e passando o controle do serviço para as mãos dos trabalhadores e usuários, que são as pessoas que sabem realmente como deve funcionar o transporte. Só assim poderemos impedir que poucos beneficiários capitalistas e políticos corruptos que detêm o monopólio dos transportes lucrem às custas do sofrimento da população e garantir que os trabalhadores e a juventude tenham acesso à cidade e as condições dignas de trabalho sejam garantidas para os trabalhadores rodoviários e para quem acessa ao serviço.




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