Desde a semana passada, no dia 11/05, os metroviários de São Paulo conquistaram o início da vacinação. Entretanto, a luta desta categoria continua, não somente contra todos os ataques aos direitos que a empresa e o governo querem impor, como também por vacinação para os trabalhadores terceirizados do Metrô e para toda a população.
terça-feira 18 de maio de 2021 | Edição do dia
Desde o mês de abril, os metroviários de São Paulo vêm se mobilizando em uma importante defesa pela vacinação para o setor de transportes, junto com trabalhadores ferroviários e rodoviários. A situação da pandemia impacta bastante no metrô, sendo já mais de mil afastamentos e dezenas de mortes pela Covid-19, além de durante a pandemia terem trabalhado muitas vezes sem EPIs adequados, sem afastamento do grupo de risco e com o governo Doria e a empresa avançando para cortar direitos dos trabalhadores.
Em base a mobilizações importantes, os metroviários estão liberados para receber vacina desde o dia 11 de maio. Entretanto, a luta segue. Desde a semana passada, quando começou a vacinação dos metroviários, os terceirizados foram excluídos do plano e direito à vacinação, apesar de estarem igualmente expostos ao vírus, trabalhando todos os dias nas áreas do metrô, na limpeza, bilheterias e demais setores, demonstrando como para o governo e a empresa, a vida destes trabalhadores terceirizados, em sua maioria negros, vale menos. Os metroviários também vêm declarando que é preciso seguir lutando por vacina para toda população.
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Os metroviários terão assembleia nesta terça-feira, 18, para debater a greve que está indicada para amanhã, 19, em defesa dos direitos que o governo Doria e a empresa vêm atacando com medidas de precarização e privatização. A luta da categoria contra esses ataques faz parte da luta por vacinação aos trabalhadores do Metrô e de toda a população.
Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários, declarou sobre o tema da vacinação:
Na semana passada, após mobilizações, conquistamos o início dos planos de vacinação para os metroviários e trabalhadores efetivos. Só a luta vai fazer com que possamos ir por mais, defendendo vacina para todos e todos nossos direitos que o governo e a empresa querem retirar. Por isso a luta continua para que os terceirizados também sejam vacinados, é absurdo que eles estejam de fora do plano, uma diferença de contrato de trabalho não faz alguém ter menos chance de se contaminar. Não só isso, viemos usando o colete ‘vacina para todos’, porque nossa luta é por vacina para toda a população! 2021 já teve mais mortes do que todo o ano de 2020, e isso é responsabilidade do negacionismo de Bolsonaro e também dos governadores, do Congresso e STF que não só nunca defenderam um verdadeiro plano de emergência de combate à pandemia, o que ficou evidente no descaso do governo do Estado de São Paulo com os metroviários ao longo da pandemia, mas também estão todos juntos contra a quebra das patentes das vacinas e insumos. Basta de priorizar os lucros dos laboratórios farmacêuticos em detrimento da vida de milhões! Nós da Chapa 4 Nossa Classe, que somos minoria do Sindicato dos Metroviários, defendemos que todos os sindicatos deveriam organizar uma ampla campanha pela quebra de patentes das grandes indústrias farmacêuticas, sem indenização, para produção massiva sob controle dos trabalhadores, pois se hoje há escassez de vacinas e insumos é por conta do monopólio da produção por uma dúzia de empresas capitalistas que querem lucrar em cima de nossas mortes e desespero, contando com o apoio e conivência dos governos.
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