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No país recordista em crimes de gênero, Bolsonaro exclui LGBTs das diretrizes de Direitos Humanos

No país onde a violência contra a população LGBT bate recordes mundiais, Bolsonaro em seu primeiro dia de mandato presidencial assina Medida Provisória que exclui LGBTs das diretrizes de Direitos Humanos.

quarta-feira 2 de janeiro de 2019 | Edição do dia

A Medida Provisória 870/19, que consolida a reestruturação dos Ministérios, excluindo o do Trabalho por exemplo, determina a criação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, encabeçado pela pastora Damares Alves, excluindo a população LGBT das diretrizes e políticas destinadas à promoção dos direitos humanos.

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Para o governo Bolsonaro, de forma bastante hipócrita, a promoção dos direitos humanos se refere às “mulheres, crianças e adolescentes, juventude, idosos, pessoas com deficiência, população negra, minorias étnicas e sociais e índios”. A população LGBT que antes era citada nas estruturas de Ministérios e Secretarias Especiais da Presidência foram excluídas.

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Brasil, o país onde mais se mata pessoas LGBT no mundo

Nos últimos anos o país tem mostrado estatísticas crescentes de casos de violência e assassinatos à pessoas LGBT, reconhecidos inclusive pelo extinto Ministério dos Direitos Humanos. Entre 2016 e 2017, segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, o país registrou um aumento de 30% nos homicídios de LGBTs.

A exclusão da pauta LGBT dos Direitos Humanos reconhecidos pelo governo Bolsonaro, ainda que as demais pautas sejam reconhecidas demagogicamente, contribui para dissolver as estatísticas de violência LGBTfóbica nos demais índices de violência, e assim fomentar um ambiente cada vez mais hostil à população LGBT, “justificando” a extinção das políticas de combate à LGBTfobia.

Com esta exclusão Bolsonaro quer encabeçar mais este retrocesso à luta contra as opressões, e endossar os assassinatos à população LGBT. Que a resposta a isso possam ser novas barricadas contra a repressão sexual e a LGBTfobia, como as que há 50 anos incendiaram as ruas de Nova York no que ficou conhecido como a Revolta de Stonewall.




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